Márcio Didier
A quinta-feira (8/2) pré-carnavalesca terá uma disputa daquelas boas de se ver nos palcos. No Recife, Gilberto Gil e Raphaela Santos contra Nação Zumbi e Alceu Valença, em Olinda. É a primeira vez que a capital pernambucana abre o seu Carnaval dois dias antes do início oficial da folia. Mas por trás da efervescência cultural da festa de Momo, há uma disputa oculta, que vai além de quem faz o melhor abertura da folia. Vamos aos fatos.
Desde que iniciou sua gestão, João Campos tem investido no Carnaval, principalmente no Marco Zero. No ano passado, montou um palco gigante e o encheu de nomes de peso do cenário musical brasileiro. Este ano, quis ir além e antecipou em um dia o início da festa. Convidado pela governadora Raquel Lyra para tratar das questões relativas à folia de Momo, disse que queria do Estado reforço na segurança.
Um dia antes de receber o prefeito do Recife, a governadora reuniu-se com o gestor de Olinda, Professor Lupércio, para conversar sobre as demandas do munícipio para a festa.
Nesta segunda-feira (22), o secretário de Turismo de Pernambuco, Daniel Coelho, e a secretária estadual de Cultura, Cacau de Paula, marcaram presença no anúncio das atrações do Carnaval de Olinda. No evento do Recife, no dia 17, nenhum representante do Estado esteve presente.
Durante a cerimônia na Cidade Patrimônio, Daniel Coelho anunciou que Olinda é o município que receberá o maior investimento do Governo do Estado, R$ 2,5 milhões. Disse ainda, no seu discurso, que havia “acabado de falar” com a governadora e que ela confirmou presença na abertura da festa de Olinda. Não há informação se ela estará na do Recife.
Pois é. Os fatos indicam que a disputa entre Recife e Olinda vai além das atrações no palco.
