Márcio Didier
Há um ano, o Brasil vivia um dos dias mais sombrios da sua história. Hoje não é um dia apenas para lembrar. É um dia para não esquecer! Aquele 8 de janeiro de 2023 mostrou, ao mesmo tempo, como a nossa democracia é frágil, mas que, ao fim do dia, se mostrou muito forte. E só permanecerá forte se houver punições aos envolvidos, que sirvam de exemplos para eventuais aventuras no futuro.
Eleição se disputa. Se ganha e se perde. Faz parte do jogo democrático. Se o Governo faz uma boa gestão, melhor para o seu grupo, numa eventual disputa. Se não foi muito legal ou o outro lado apresentou propostas melhores, há a alternância no poder. É assim que funciona. Pode-se alegar que a democracia tem falhas. E até para apontar esses eventuais desvios, a democracia é importante. Fora dela, só o sistema totalitário, em que falar é uma ameaça.
O que aconteceu na Esplanada dos Ministérios foi um absurdo. Em atos coordenados, buscaram forçar uma intervenção militar. E isso não é uma coisa sadia. Forçar uma intervenção destruindo a sede dos três poderes do País, agredindo as forças de segurança, sem um segundo de arrependimento pelos atos de vandalismo. Pelo contrário. De celulares na mão, festejavam o que faziam. Isso é sandice, uma coisa fora da realidade. Um festival de horrores.
Por isso é importante que não esqueçamos os atos de vandalismo ocorrido na tarde/noite daquele dia 8, com a punição de todos os envolvidos. De financiadores a executores. Porque o que ocorreu naquele dia extrapolou os limites da democracia, que, felizmente, segue viva e ativa no Brasil.
Vida longa à Democracia.
