O prefeito do Recife, João Campos, assumiu neste domingo (1º) a presidência nacional do PSB durante congresso do partido realizado em Brasília. A cerimônia foi marcada pela presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que prestigiou o evento ao lado de outras lideranças nacionais, como o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.
A participação de Lula reforça a aproximação com João Campos e indica a continuidade da aliança entre o PSB e o |Governo Federal. A posse do novo dirigente também simboliza uma mudança geracional no comando da legenda, que já foi liderada por figuras como Miguel Arraes e Eduardo Campos, respectivamente bisavô e pai do atual presidente do partido.
João Campos propõe frente ampla em 2026
Durante o congresso, João Campos defendeu a construção de uma aliança mais ampla para as eleições de 2026. Para o novo presidente do PSB, é necessário atrair o centro para o campo progressista. “Eu acho que o mundo ideal é que você tenha a maior frente possível na eleição de 2026 e que a esquerda tenha a capacidade de puxar o centro para o perto e não jogar o centro para a direita. É preciso alargar mais. Fazer uma frente realmente ampla em 2026”, declarou.
O discurso do prefeito também foi destaque no Correio Braziliense, que o apontou como a principal promessa de renovação na esquerda brasileira. Reeleito em 2024 com 78% dos votos, João Campos tem 31 anos e já exerceu mandato de deputado federal. Formado em engenharia civil pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o novo dirigente representa uma geração de políticos em ascensão, com nomes como Tabata Amaral (PSB-SP), Guilherme Boulos (PSOL-SP) e Camila Jara (PT-MS).
Histórico e projeção do PSB
O PSB foi fundado em 1947 e reformulado após a anistia de 1979, mantendo o perfil de partido progressista. A legenda ganhou protagonismo nacional a partir de 1990, com a filiação de Miguel Arraes. Seu neto, Eduardo Campos, também foi presidente do partido e candidato à presidência da República em 2014, quando morreu em um acidente aéreo durante a campanha.
A chegada de João Campos à presidência do PSB é interpretada como uma tentativa de renovar a legenda e posicioná-la como alternativa de diálogo entre centro e esquerda. Ainda não há definição sobre o futuro político do prefeito nas eleições de 2026. Ele poderá disputar o governo de Pernambuco, uma vaga no Senado ou permanecer na prefeitura.
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