O ex-ministro Edinho Silva estará no Recife neste domingo (27) como parte da agenda de campanha para a presidência nacional do PT. Ele participará da Plenária Estadual do Construindo um Novo Brasil (CNB), corrente majoritária do partido da qual faz parte o presidente Lula e o próprio Edinho. O evento será realizado no Sindicato dos Bancários de Pernambuco, no bairro da Boa Vista, às 9h.
Edinho é o nome apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na disputa interna que definirá o novo comando petista. Ex-prefeito de Araraquara e ex-ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social no governo Dilma Rousseff, ele busca consolidar apoio nas regionais do partido antes do primeiro turno da eleição, marcado para 6 de julho.
A plenária em Pernambuco contará ainda com a presença do presidente nacional interino do PT, senador Humberto Costa; da senadora Teresa Leitão, coordenadora nacional do Setorial de Educação; do deputado Carlos Veras; do presidente estadual Doriel Barros; e do vice-presidente da Fundação Perseu Abramo, Brenno Almeida.
Segundo turno é uma possibilidade
A eleição deste ano é considerada por dirigentes como uma das mais disputadas da história do PT. O crescimento da candidatura do deputado federal Rui Falcão, oficializada no dia 14 de abril, levou integrantes do partido a trabalharem com a possibilidade de um segundo turno no processo de escolha.
Rui Falcão é ex-presidente da legenda e conta com apoio do MST e de setores da esquerda petista, como a corrente Democracia Socialista. Em carta à militância, ele defendeu maior protagonismo do partido e criticou concessões excessivas a aliados. “Alianças são fundamentais para termos forças suficientes para implantar esse programa. Não podemos, no entanto, sacrificar nossa identidade ou rebaixar nosso projeto para compor esses acordos, sob o risco de perdermos o apoio e o interesse de nossa base social”, afirmou.
O segundo turno está previsto para 20 de julho, caso nenhum dos candidatos alcance maioria absoluta no primeiro turno, em 6 de julho.
CNB enfrenta disputa interna
A CNB, corrente à qual Edinho Silva pertence, enfrenta conflitos internos sobre o controle de secretarias estratégicas, especialmente as de comunicação e finanças, por onde circulam os recursos dos fundos partidário e eleitoral. Edinho já sinalizou que pretende renovar as indicações nessas áreas caso vença a eleição. A ala dissidente da CNB, próxima à ex-presidente Gleisi Hoffmann, busca manter o comando atual.
Além de Edinho e Rui Falcão, outros três nomes
- Washington Quaquá, prefeito de Maricá (RJ), ex-deputado federal e ex-vice-presidente do PT, pela ala dissidente da CNB;
- Romênio Pereira, secretário de Relações Internacionais do PT, com base na corrente Movimento PT;
- Valter Pomar, dirigente da corrente Articulação de Esquerda, que relembra alianças internas como a formada no oitavo encontro nacional do partido, em 1993.
Durante a campanha, o PT organizará debates entre os candidatos em diferentes regiões do país.
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