Tem alguma coisa desmantelada na cabeça de alguns candidatos nas eleições municipais deste ano. Em pouco mais de um mês, na frente das câmeras, duas agressões a adversários políticos durante debate. Não há absolutamente nada que justifique uma pessoa que pretende governar uma cidade partir para a violência política por causa de uma provocação.
No debate da TV Cultura entre os candidatos a prefeito de São Paulo, maior capital do País, o candidato do PSDB, José Luiz Datena, não aguentou a provocação do rival do PRTB, Pablo Marçal, e partiu para a violência. “Responda à pergunta. Você é arregão. Atravessou o debate outro dia para dizer que ia me dar um tapa, que você queria ter feito. Mas você não é homem nem para fazer isso. Não é homem…”, disparou Marçal, sendo surpreendido por Datena, que usou o banco em que estava sentado para defender a sua honra.
Os dois políticos de primeira viagem mostraram o despreparo para assumir qualquer cargo público. Marçal por usar termos chulos num debate de ideias. E Datena pela instabilidade emocional. A cadeirada rendeu sua expulsão do programa. Depois, disse não se arrepender da agressão. Repugnante em todos os aspectos. Tanto a agressão vernal, quanto à física.
Pior ainda é quando um prefeito e candidato à reeleição parte a violência aparentemente sem sentido. Foi o que ocorreu no último dia 8 de agosto em Teresina, durante o debate entre os postulantes à Prefeitura do município.
Correndo o risco de sair das urnas como o prefeito que disputa a reeleição nas capitais brasileiras com a menor votação, Dr. Pessoa se descontrolou na frebte das câmeras.
O gestor e o candidato do PSOL, Francinaldo Leão, estavam no centro do palco e debatiam sobre a questão da saúde do município. Foi quando o prefeito começou a se aproximar e deu uma cabeçada no adversário. Separados por seguranças, Dr. Pessoa acusou o rival de ter cuspido nele, mas nada disso foi comprovado.
Políticos prestam desserviço
E não estamos falando de violência entre as militâncias. Mas entre os protagonistas, que deveriam dar exemplo e prestam um desserviço ao debate político. Lamentável, para dizer mínimo.
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