A escolha do nome da esquerda para disputa a eleição em Olinda deve ganhar (será?) um rumo para a definição esta semana, prazo final para desincompatibilização para quem ocupa cargo público e vai disputar o Executivo municipal. A expectativa gira em torno da saída ou não da ministra de Ciência e tecnologia, Luciana Santos do cargo. Ela tem até o dia 6 para se definir. Uns dizem ter certeza de que ela sai para ser candidata. Outro juram de joelhos que ela fica, para preservar o espaço do PCdoB no Governo Lula. Enquanto isso, Mirella Almeida, candidata do prefeito Professor Lupércio, que não tem nada a ver com isso, deixa o cargo na próxima quarta-feira (5).
Uma espera incômoda. Assim os integrantes da Frente Popular de Olinda observam a estagnação da frente no município. Após governar por 16 anos a cidade, o PCdoB, em palavras de um aliado, se sente como “dona da decisão de Olinda’. Sem uma definição de Luciana Santos e com a movimentação do ex-prefeito Renildo Calheiros nas redes sociais, integrantes de outras legendas desconfiam que ele seja o plano B da sigla comunista.
O problema é que os aliados temem que o projeto de poder do grupo termine por afundar, com a alta rejeição que ele tem no município. Quando deixou a gestão, Renildo era hostilizado pelos moradores e foi um péssimo cabo eleitoral para Luciana Santos, que acabou na amarga quarta posição em 2016.
Por outro lado, o PSB também está na sombra, como se estivesse numa rede, tranquilo, espiando a massaranduba do tempo. Sabe que os números favorecem a sua pré-candidata, a Delegada Gleide Ângelo. E ficam empurrando uma definição.
Impacientes, pessoas do campo de esquerda cobram uma definição rápida, sob pena de que a candidata do prefeito ganhe musculatura e fique uma eleição bem mais difícil do que será. Há partidos do campo de alianças da Frente Popular que já estudam desistir do projeto para apoiar Mirella Almeida. Inclusive, as negociações estão avançadas.
Outros nomes em Olinda
Há ainda os nomes de Izabel Urquiza e Márcio Botelho que estão na rua e angariando a simpatia para as suas postulações. Izabel, inclusive, tem no PL o seu ponto de largada. Muitos alegam que Olinda é uma “cidade de esquerda”, mas o candidato do PL ao Governo, Anderson Ferreira, mesmo levantando a bandeira de Jair Bolsonaro, foi o mais votado nas eleições de 2022 no município, com 26,61% (58.902), quatro ponyos percentuais do que a atual governadora, Raquel Lyra.
Levantamentos internos mais recentes a que o marciodidier.com.br teve acesso apontam que a Delegada Gleide Ângelo consegue se manter uma dianteira folgada na disputa, seguida por Luciana Santos e Izabel Urquiza. Elas vêm tendo pouca alteração nos números. Por outro lado, Mirella vem crescendo. Não da forma como o grupo que a apoia gostaria, mas está crescendo.
E assim, o terceiro maior colégio eleitoral de Pernambuco, com 300.586 eleitores cadastrados, entra em mais uma semana decisiva, na qual o PCdoB finalmente vai revelar a sua estratégia. Ou não…
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