Projeto das faixas leva Joel a chamar Débora Almeida de “mentirosa”

O debate sobre a extinção das faixas salariais de policiais militares e bombeiros fez a temperatura do plenário subir até o limite da falta de respeito. Tudo por causa do pronunciamento do deputado Joel da Harpa (PL), que questionou uma possível influência do Governo Raquel nos trabalhos da Comissão de Constituição, Legislação e Justiça. Rebatido pela deputada Débora Almeida (PSDB), o deputado do PL a chamou de mentirosa, após ela dizer que Joel estava incitando os manifestantes durante a última sessão da comissão, fato negado pelo perlamentar.

De acordo com o parlamentar, a atuação do Executivo pode levar à rejeição das emendas colocadas para alterar o projeto.

“Fui contrário à decisão do deputado Antônio Moraes (PP) de encerrar a reunião e de desligar os microfones, para que a gente pudesse usar o microfone para acalmar a tropa. Meu posicionamento, na Comissão, continua sendo contrário ao projeto do Poder Executivo, que é inconstitucional”, apontou Joel da Harpa.

Em aparte, Débora Almeida retrucou o deputado, afirmando que ele estava, sim, incitando os manifestantes.

“O senhor estava inflamando aquelas pessoas ali, que não sabiam nem o que estava acontecendo realmente. O projeto da governadora Raquel Lyra não é inconstitucional. Mas é inconstitucional, sim, a forma como as faixas foram criadas em 2017. Soldados, militares, fazendo o mesmo serviço, na mesma patente, recebendo salários diferenciados”, opinou Débora Almeida.

Ao retomar a palavra, Joel da Harpa subiu o tom e afirmou que a colega tucana estava “mentindo”, reafirmando a posição de que estava apenas tentando conter os manifestantes. Débora Almeida refutou com veemência as palavras do colega.

Substituição

Depois do discurso de Joel, o vice-presidente da Comissão de Justiça, Romero Albuquerque (União), ocupou a tribuna para criticar uma suposta tentativa do Governo de substituí-lo no colegiado. Segundo ele, houve intenção de colocar parlamentares contra outros. As críticas chegaram à governadora Raquel Lyra, acusada de agir “de forma despótica e motivada por interesse político próprio”.

“É essencial que nós, parlamentares, defendamos a nossa autonomia legislativa, além das categorias que têm sido negligenciadas por este Governo. E essa Casa não pode se curvar pela pressão autoritária do Governo do Estado”, afirmou Romero Albuquerque.

Facebook
Twitter
LinkedIn
Pinterest

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

Galeria de Imagens
Mande sua pauta e se cadastre
Enviar via WhatsApp