Crescimento do Nordeste será o maior do País nos próximos anos e isso passa por Pernambuco

Projeções realizadas pela Tendências Consultoria aponta o Nordeste como a região que terá o maior crescimento no País entre 2025-2033. A região terá um aumento PIB médio anual no período bem superior ao Brasil (2,5%), de 3,4%. A excelente notícia é que Pernambuco poderá comandar esses investimentos. O lado complicado é que, para isso, o poder público precisa correr com a infraestrutura, sob pena de que esse boom de investimentos se perca pelo caminho.

O levantamento levou em conta a injeção de US$ 8 bilhões da Petrobras na Refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca (PE), para ampliar a capacidade de refino. Com a estrutura atual, em operação desde 2-14, a empresa é capaz de refinar 115 mil barris de petróleo por dia. Com o trem 2, como está sendo chamado o projeto, esse número será ampliado em mais 150 barris/dia.

Outro dado citado pela Tendências Consultoria é o investimento de US4 1,5 bilhão do grupo automotivo Stellantis para ampliar o parque de fornecedores na unidade de Goiana.

 No papel, a retomada do desenvolvimento que Pernambuco experimentou até 2014, quando a situação econômica do País começou a degringolar, segue a estrada do sol, iluminada, promissora. Mas tem que ter cuidado para não cair nos buracos da infraestrutura precária do Estado.

Prometido desde a época de Eduardo Campos, o Arco Metropolitano, fundamental para a operação da Stellantis e outras indústrias instaladas no Litoral Norte volta e meia entra na pauta da política com estardalhaço, de que vai sair e tal, e sai de pauta na mesma velocidade, só que em silêncio.

Também outras tem outras vias que se tornaram um gargalo para o escoamento da produção, como a BR-104, na chegada a Toritama, cuja duplicação já foi anunciada, e a requalificação da BR-101.

É essa perspectiva positiva que aparece no horizonte da governadora Raquel Lyra. Resta trabalhar para dar condições para que esses e outros empreendimentos encontrem um ambiente positivo para dar sequência aos investimentos, recolocando Pernambuco na trilha do desenvolvimento, recuperando um espaço perdido para outros estados, como Ceará e Bahia.