Inteligência artificial vira aliada contra o câncer de mama

Outubro Rosa é o mês de combate ao câncer de mama. E o combate a este tipo de doença ganhou uma aliada: a inteligência artificial (IA). Nenhuma tecnologia substitui o cuidado humanizado com a saúde da mulher, mas especialistas destacam que a inteligência artificial tem feito a diferença na rotina diagnóstica, ajudando a melhorar a qualidade das imagens e apontando indícios sutis que podem mostrar o câncer em estágios iniciais.

O indicativo é que a IA pode contribuir a partir dos algoritmos de “deep learning (aprendizagem profunda)”, com o objetivo de potencializar o aprendizado de máquinas, utilizando técnicas avançadas que empregam um raciocínio similar ao ser humano, fazendo com que os equipamentos aprendam padrões por meio das redes neurais, por erros e acertos. Quanto mais precoce é o diagnóstico do câncer de mama, maiores são as chances de cura com tratamentos menos agressivos, a inteligência artificial surge dando uma contribuição.

“A inteligência artificial mudou a dinâmica e a agilidade da investigação diagnóstica. Aumentou a acurácia e a precisão dos exames para detecção de lesões e tumores mamários, assim como tem contribuído na interpretação das imagens”, afirma a médica radiologista Mirela Ávila, diretora do Centro Diagnóstico Lucilo Ávila.

As ferramentas de IA são obrigatoriamente revisadas por médicos especialistas e costumam melhorar a análise de resultados apresentados por um maquinário de última geração.

No Centro Diagnóstico Lucilo Ávila, que já adota a IA nos exames de mamografia, tem-se um exemplo de como a tecnologia influi em todo o processo. O próprio sistema é capaz de reordenar a fila para laudos a serem dados pelos médicos, colocando em evidência pacientes acometidos por uma lesão com características mais suspeitas.

O sistema conclui que os casos com supostas lesões são considerados mais urgentes na fila diária. No menor indício de risco para a mulher, a paciente é reconvocada para novos exames ou orientada de forma particular a procurar um profissional especializado para acompanhamento mais urgente, o que favorece o tratamento preciso e eficiente. 

Junta-se à IA, a recente diretriz de entidades médicas em todo o mundo no sentido de estimular o rastreamento da doença de forma menos generalista e mais individualizada, buscando orientar os exames indicados e a periodicidade para cada mulher, levando em consideração a idade, o tipo de densidade mamária e os fatores de risco.

Os principais métodos diagnósticos são a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética. Em cada diagnóstico da mama, a qualidade e assertividade na escolha dos métodos de rastreamento – investigação que mostram indícios de câncer – ou na combinação das estratégias e exames diagnósticos, podem ser definidoras para o tratamento e a remissão do câncer.

A conduta de rastreamento individualizado, que deve ser feito antes mesmo de qualquer sintoma, vem sendo ponto de debate em todo o mundo. Tem sido vista como uma diretriz contemporânea para diagnóstico por respeitar a pluralidade populacional e de cada pessoa. Antes, a indicação era de que a partir dos 40 anos toda mulher deveria fazer a mamografia uma vez por ano.

Hoje, persiste a mesma recomendação nas mulheres sem fatores de risco. Porém naquelas com risco mais elevado, o rastreamento com exames de imagem deve iniciar mais cedo, a partir dos 25 anos, com a ressonância magnética e/ou ultrassonografia. E a mamografia anual deve ser antecipada nesse grupo, podendo iniciar desde os 30 anos. Para isso, é feita uma avaliação médica utilizando modelos matemáticos para cálculos de risco, que leva em consideração antecedentes familiares, a condição pessoal de saúde, a densidade da mama, diagnóstico de lesão de potencial maligno incerto em biópsia mamária prévia, tratamento anterior com irradiação do tórax e mutações genéticas.

Exames

O Centro de Diagnóstico Lucilo Ávila destaca-se no mercado pernambucano pelos seus diferenciais. No exame de mamografia, trabalha com equipamentos de mamografia digital com a tecnologia da tomossíntese, que consiste em adquirir imagens em cortes milimétricos da mama, aumentando a capacidade de visualizar lesões em até 50%; mamógrafos com sistemas de compressão mais confortáveis, curvos, que se amoldam à anatomia da mama de cada mulher; sistema de leitura digital de imagens em monitores de alta resolução, associados a processamento com auxílio de IA.

Para as ultrassonografias, o Lucilo Ávila tem todas as salas equipadas com a linha premium de aparelhos de USG de alta resolução e softwares de processamento de imagem que permitem uma boa caracterização de toda a espessura da mama, levando a visualização de lesões muito pequenas e sutis, entre outras tecnologias também para ressonância e intervenção mamária.

“O elevado investimento em tecnologia aliado à capacitação contínua, o atendimento humanizado e o comprometimento de nossa equipe, possibilita que estejamos um passo à frente na saúde de nossas pacientes”, destaca Mirela Ávila.

Visando estimular a consciência da realização de diagnósticos e fazer um alerta sobre o zelo da paciente na busca por diagnósticos precisos, o Lucilo Ávila lança a campanha “Um passo à frente na sua saúde”. A campanha tem como objetivo o fortalecimento do Outubro Rosa, marco de mobilização e conscientização quanto ao câncer de mama no mundo e no Brasil. Ao longo deste mês, o Lucilo Ávila cumpre uma agenda extensa e contínua, que inclui ações de conscientização para um público plural e outras iniciativas beneficentes, como atendimentos médicos e doação de 150 mamografias.

Para desenvolver a ação “Um passo à frente na sua saúde”, o Centro Diagnóstico promove ações e conta com parceiros como a Sociedade Brasileira de Mastologia, a Sociedade Pernambucana de Radiologia, a Federação Equestre de Pernambuco, o Instituto JCPM, o Instituto Cristina Tavares e o Sport Club do Recife.

Números

O câncer é o principal problema de saúde no mundo e o câncer de mama feminina se destaca como o mais incidente, com 2,3 milhões de casos novos previstos, segundo estimativas divulgadas em dezembro pelo Inca, do Ministério da Saúde.

No Brasil, para o triênio 2023 a 2025, calcula-se em torno de 73.610 novos casos de câncer de mama, correspondendo a um risco estimado de 66,54 casos novos a cada grupo de 100 mil mulheres. A descoberta de um câncer na fase inicial, com diagnóstico por meio de exames de imagem como a mamografia, a ultrassonografia e a ressonância magnética, pode representar a eficiência e a redução de agressividade no tratamento; as chances de cura podem chegar a 95%, salvando muitas vidas.

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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