A bancada de oposição na Câmara do Recife realizou, nesta sexta-feira (3), uma blitz no Centro de Atenção Psicossocial em Álcool e Outras Drogas (CAPS AD) Eulâmpio Cordeiro, no bairro do Cordeiro, na Zona Oeste da cidade, e denunciou a situação de abandono do equipamento gerido pela Prefeitura do Recife.
O grupo vai apresentar um requerimento em conjunto para cobrar da gestão do prefeito João Campos (PSB) a interdição da unidade, que atende 250 pessoas por mês, a fim de que seja realizada uma reforma em toda a sua estrutura. Segundo os oposicionistas, não há condições do CAPS seguir funcionando como está.
Na fiscalização no CAPS, os vereadores Alcides Cardoso (PL), Davi Muniz (PSD), Doduel Varela (PSD), Felipe Alecrim (Novo) e Fred Ferreira (PL) encontraram a piscina com muito lodo e como um foco do mosquito da dengue, salas alagadas, problemas nas instalações elétricas, muitas infiltrações, goteiras, mofo, sala de atendimento sem condições de uso, portas quebradas, mato alto na área externa, quadra poliesportiva sem nenhum tipo de manutenção e a biblioteca sem livros, além do relato das pessoas assistidas que faltam psiquiatras.
“Um local que deveria ser de acolhimento com toda a estrutura necessária para o atendimento das pessoas está funcionando de forma bastante precária, expondo profissionais e pacientes a todo tipo de risco à saúde. Temos uma epidemia de dengue assolando o Brasil e a piscina virou foco do Aedes aegypti. Aliás, quem vê a situação esquece que ali já foi uma piscina em uso. Com a aproximação do período chuvoso, o que era ruim vai piorar porque haja infiltração, setores alagados, mofo, somando-se a problemas na fiação elétrica. E já viram uma biblioteca sem livros? Pois a do CAPS da gestão João Campos é pioneira nisso. Se a área interna é um caos, a área externa é ainda pior com nada em condições de uso e muito mato alto. A Prefeitura precisa interditar o equipamento e executar uma grande reforma na sua estrutura. Não há como seguir operando dessa maneira”, afirmaram os parlamentares na blitz.
Os vereadores ouviram que a unidade deveria funcionar com uma equipe de três psiquiatras, três fisioterapeutas, três psicólogos e três terapeutas ocupacionais, mas não possui nos seus quadros essa equipe completa para atender a demanda existente.
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