Alberto Feitosa faz alerta sobre insatisfação nas tropas

alberto feitosa debate a questão de segurança e saide dos policiais

Integrante da Polícia Militar de Pernambuco por 27 anos, o deputado estadual Alberto Feitosa tem sido uma das vozes discordantes do governo do Estado na Assembleia Legislativa e voltou à carga contra Raquel Lyra nesta sexta-feira (29). Em entrevista à Rádio CBN de Caruaru afirmou que há falta de comando na segurança em Pernambuco.

“Faltam autonomia, diálogo e comando por parte da governadora Raquel Lyra. Não é trocando comando e cargos nas Polícias Civil e Militar, querendo manchar a reputação dos profissionais, que ela vai mostrar resultados.  A ex-secretária de Defesa Social, Carla Patrícia, se queixou que não havia diálogo com Raquel Lyra e os comandantes da Polícia Civil e da Polícia Militar que foram retirados também. Não há autonomia aos comandantes da segurança, não há valorização dos policiais, não há efetivo suficiente. A tropa está insatisfeita e o cidadão que vive com medo também “, disparou Alberto Feitosa.

Questionado sobre como os parlamentares estão lidando com esse tema na Assembleia Legislativa, ele lembrou que a Casa Joaquim Nabuco tem cobrado ações efetivas, ouvindo as instituições policiais e ressaltou que, sob a gestão do presidente Álvaro Porto, a Alepe destinou R$ 380 milhões do orçamento aprovado pro Estado aos órgãos de segurança pública.

“Esse montante seria aplicado na construção da Academia da Polícia Civil, para reposição salarial dos policiais civis, para contração dos policiais penais e para o pagamento da extinção das faixas salarias”, destacou o deputado.

A preocupação com o Carnaval diante dos números altos da violência, da mobilização grevista da Polícia Civil e a retirada de 358 câmeras de segurança em 4 cidades polos da festa (Recife, Olinda, Jaboatão e Caruaru) também foi falada na entrevista.

“Eu acredito que se não houver uma resposta eficaz, a Polícia Civil vai parar sim. A Polícia Militar também está no seu limite, com um efetivo de menos de 15 mil policiais, menor do que era no governo Joaquim Francisco, no ano de 1990. Eu estou muito preocupado que, se desencadear uma greve da Polícia Civil, a Polícia Militar venha atrás”, alertou Alberto Feitosa.

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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