Disputa no Recife abandona o slow motion. Será?

Márcio Didier

A disputa pela Prefeitura do Recife, que andava meio slow motion, pode receber uma turbinada a partir de dois movimentos esta semana. Será? No domingo, o PSOL lançou o nome da deputada estadual Dani Portela para a disputa. Nesta quarta (6), em Brasília, o ex-candidato ao Senado Gilson Machado assume o comando do PL no Recife, em um ato que marcará também o pré-lançamento do seu nome à sucessão na capital pernambucana.

  • Numa pré-campanha em que o prefeito e candidato à reeleição nada de braçadas, anunciando um Réveillon de três dias, que é quase uma micareta, com muito dinheiro em caixa e uma gestão bem avaliada, João Campos usa toda a artilharia para sufocar a oposição.

  • Do lado adversário, a oposição, incluindo o pré-candidato (a) da governadora Raquel Lyra, aparenta (va) não estar muito preocupada com o embate. Está há meses no meio de campo, tocando a bola de um lado para o outro, sem oferecer qualquer perigo ou preocupação para o adversário.

  • Com o ano eleitoral se aproximando, os movimentos começam a ser mais objetivos. Apesar de compor uma federação com a Rede, de Tulio Gadelha, o PSOL tem maioria do colegiado do Recife e o nome de Dani Portela deve ir para a disputa. Pode ter um estresse com Túlio? Pode. Então, Túlio tem condições de conseguir essa indicação? Não. Pelo menos isso é a visão de alguns integrantes do PSOL.

  • No caso do PL, Gilson Machado parece não sofrer qualquer problema para manter a sua indicação. Será candidato se quiser e vai defender o legado do bolsonarismo do Recife. Nos bastidores da política, chegou a circular a informação de que havia simpatia, inclusive do Palácio das Princesas, pela candidatura do deputado estadual Renato Antunes. Mas… parece que deu ruim.

  • Com a eleição do Recife representando uma prévia de 2026, o Palácio do Campo das Princesas tem total interesse em complicar a vida de João Campos. Se não der para vencer, ao menos vai tentar diminuir o tamanho da vitória. Entre os nomes ventilados, o secretário de Turismo, Daniel Coelho, é o que está na boca de todos. Seria o plano A. Talvez o B e o C. Talvez a única opção. É aguardar a movimentação e a definição da governadora Raquel Lyra.

  • A partir de agora, a disputa do Recife deve ganhar um novo ritmo. Com as definições internas, os nomes devem ganhar as ruas para apresentar as suas ideias. O que se espera é que o discurso não caia no populismo barato e discuta soluções para os muitos e complexos problemas do Recife.
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2 respostas

  1. Pois é, gira e mexe, sua última estrofe, meu caro Márcio, “o que se espera é que o discurso não caia no populismo barato e discuta soluções para os muitos e complexos problemas do Recife’, é algo preocupante e tomara que as “pelejas” sejam em prol do povo Recifense.

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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