“Só queria 1 dia com a caneta na mão para fazer mais que ele”, dispara Márcio Botelho sobre Lupércio

Márcio Botelho atacou a gestão de Lupércio e disse que faria muito mais com a caneta na mão Foto Divulgação

Na política, nada é mais perigoso do que enfrentar um ex-aliado. É o caso do vice-prefeito e concorrendo em faixa própria à Prefeitura de Olinda, Márcio Botelho, aparece como não como uma pedra apenas, mas um paralelepípedo no sapato do atual gestor Professor Lupércio. Preterido pelo prefeito em detrimento da candidatura de Mirella Almeida, Botelho lançou um desafio: “Eu só quero um dia com a caneta na mão que eu faço muito mais do que o prefeito fez nos últimos meses”.

Desde fevereiro do ano passado que os dois não falam a mesma língua. Tudo começou, lembra o vice, quando o prefeito disse que não o apoiaria e sugeriu que disputasse a Prefeitura de Paulista. Diante da recusa,, diz o vice em entrevista ao Programa Diálogo, da TV Nova, o prefeito prometeu retaliações e cumpriu. Segundo Márcio, ele passou a não ser convidado para os eventos e poder falar nas inaugurações e deixou de representar a Prefeito em alguns atos, que fazia antes. A relação foi para o ralo.

Botelho denunciou ser vítima de perseguição por parte de Lupércio. Foi à Justiça para que o prefeito reconduzisse aos cargos os servidores exonerados que estavam à disposição do vice. Ganhou despois de uma longa e desgastante batalha.

O vice sabe que está, talvez, na pior posição para um candidato: participar de uma gestão, mas disputar uma eleição como oposição. Ainda na entrevista ao Programa Diálogo, apresentado pelo jornalista Pedro Paulo, Márcio Botelho procurou um “antídoto” para essa questão, ao separar os oito anos da atual gestão em duas partes. O primeiro mandato, em que teve participação ativa, e após o rompimento, em que afirma que começaram os problemas em Olinda.

Botelho aciona metralhadora de críticas

E não poupou críticas ao atual momento da gestão. Destacou que falta empenho para segurar os turistas em Olinda, atacou a obra do binário da Getúlio Vargas, que, na sua opinião, não vai dar certo, pois não foi bem planejada e fez uma denúncia.

“A intervenção na Praça 12 de Março traz vários riscos. Primeiro, de um carro vir em alta velocidade e não fazer a curva, invadindo a praça. Segundo existem dois transformadores de alta tensão no meio da praça. Imagina se uma coisa dessa explode?  Que perigo para as crianças eu estão ali brincando”, acusou Márcio Botelho.

Numa disputa complicada, em que ao menos quatro nomes podem chegar à vitória, os ainda pré-candidatos têm que buscar um discurso para ocupar seu espaço na pré-campanha. Botelho já escolheu o seu, de polarizar com a candidata governista, mesmo ele, bem ou mal, ainda fazendo parte do Governo. Pior para Lupércio, que além de encarar os outros candidatos, terá um adversário íntimo da gestão como antagonista da sua candidata.

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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