Em tempos de mudanças, Mirella precisa mudar

Mirella Almeida assume a prefeitura neste dia 1º Foto Divulgação

Um novo ano, quando a esperança de um futuro melhor se renova na vida das pessoas. Tempo de acreditar em mudanças, a partir dos novos prefeitas e prefeitos eleitos em outubro passado. O que se vê nas maiores cidades da Região Metropolitana é isso: sentimento de renovação. Mesmo nas cidades em que os prefeitos foram reeleitos ou representaram a continuidade, o sentimento é de um novo ciclo auspicioso.

Vemos isso no Recife, com as pequenas alterações realizadas pelo prefeito João Campos, e em Jaboatão dos Guararapes, com Mano Medeiros fazendo o município andar, com pequenos ajustes no time. No Cabo, Lula Cabral importou  nomes fortes do Recife e Olinda, em Ipojuca, Carlos Santana já planejou o mandato e, em Paulista, Ramos deu a sua cara à equipe.

Eleita com o discurso que Olinda precisava de uma “prefeita de verdade”, Mirella Almeida destoa dos demais gestores. Ela toma posse logo mais, às 15h, e ainda não se sabe qual é a sua equipe inteira. No dia da diplomação, anunciou a mesma secretária de Saúde de Lupércio e o mesmo comandante da segurança da gestão anterior. De novidade, apenas Luiz Adolpho, do Homem da Meia-Noite, na Cultura. Nem o nome da Educação ela anunciou ainda. Isso mais de dois meses depois da eleição…

Olinda está estagnada. Lupércio só se deu conta de que precisava fazer algo nos últimos meses da gestão. E deixou uma série de obras inacabadas. O calçadão da praia, iniciado às vésperas da eleição, está muito longe de terminar. a praça Pedro Jorge, está em obras. O binário da Getúlio Vargas virou lenda urbana. E é bom nem falar do absurdo que ficou a Praça 12 de Março, que acumula acidentes e já tem o gradil todo destruído pelas batidas.

O Sítio Histórico está de dar pena. A Praça da Preguiça, porta de entrada para a área histórica da cidade, está acabada, feia, sem qualquer tipo de intervenção que a deixe agradável. Nos últimos anos, só serviu de espaço para festas e polo de Carnaval. As ladeiras de Olinda estão insegura. Não há qualquer atividade na área histórica para atrair ou “prender’ os turistas na cidade.

Na noite de Réveillon, só um pequeno trecho da orla tinha programação. Na área mais popular, em frente ao antigo Quartel, uma festa privada. Só depois do Colégio Dom é que se tinha sinais de que alguma coisa iria acontecer ali. O restante da orla estava como o restante da cidade: escura e insegura.

Mirella se mostrar diferente de Lupércio

Olinda virou uma cidade triste, sem alma. E Mirella veio com a promessa de “seguir mudando”. Mas continuar a mudar o quê, se a queda de qualidade na cidade é nítida. Com um vitória em segundo turno e muito apertada, feita na base da pauta de costumes e na estrutura, ela precisa mostrar a que veio. que é muito, mas muito diferente de Lupércio, algo que até agora não está parecendo. Até para provar que a “prefeita de verdade” é de fato algo novo, e não apenas uma frase de efeito saída da cabeça “genial” de algum marqueteiro de plantão.

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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