O dia será longo na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). Após mais de 60 dias, o projeto do Governo do Estado que extingue as faixas salariais para policiais militares e bombeiros até 2026 e concede reajuste escalado para a tropa deve ser votado em plenário na tarde desta terça-feira (7).
Tanto Governo quanto oposição escondem as estratégias para conquistar a vitória na votação em plenário. De acordo com o presidente da Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Alepe, Antônio Moraes, nem um dos dois lados possui os 25 votos necessários para conquistar a vitória. No entanto, ele acredita que o Governo contará com os votos dos deputados conscientes, que sabem que se a matéria não for aprovada, quem perde é a categoria dos policiais.
Mas o dia começa pela própria CCLJ, onde será analisado o substitutivo da deputada Socorro Pimentel. O teor da peça é praticamente o mesmo do projeto inicial, com o acréscimo de duas emendas que não alteram o conteúdo original. A oposição vai tentar derrubar essa proposta ainda na comissão. Se conseguir, vai para o plenário a proposta que propõe o fim das faixas com um ano de antecedência, ou seja, 2025.
Para pressionar os deputados governistas, os oposicionistas fazem, desde a semana passada uma convocação para que os policiais e bombeiros ocupem a galeria do plenário, na tarde desta terça-feira. As entidades representantes das forças de segurança também estão mobilizando os seus associados para que vão acompanhar a votação na Alepe.
25 votos para aprovar fim das faixas
Os dois lados, governo e oposição, vão trabalhar para conquistar o mínimo necessário para conquistar a vitória, que são os votos de 25 deputados. Apesar da declaração de Moraes, integrantes da base governista acreditam que o seu lado já tenha os 25 votos necessários e que esse número pode chegar a 30 votos.
Só no final do dia será possível saber que lado venceu. Ou se os dois perderam, por não conseguirem os 25 votos. Nesse caso, a proposta é arquivada e só poderá voltar na próxima legislatura, ou seja, a partir de 2027. A menos que o Parlamento consiga reunir 25 assinaturas para reabrir a apreciação do projeto.
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