Carnaval do Recife acaba na manhã da quarta-feira

Todo Carnaval tem seu fim. Com um dia a mais de festa, recorde de público, estrutura e atrações, o Carnaval de 2024 no Recife chegou ao fim na manhã desta quarta-feira de Cinzas. Foram mais de 3 mil atrações distribuídas por 49 polos distintos – com mais de 98% locais, fomentando a cena musical e popular produzida em casa. No Marco Zero, esta terça (13) reservou uma série de apresentações tipicamente pernambucanas. Começando com o Recife Matriz da Cultura Popular, com encontro de nações de Maracatu de Baque Solto, subiram ao palco ainda Tayara Andreza; Lia de Itamaracá, com participação de Filhas de Baracho, Nega Duda, Daúde, Isaar e Dona Totinha; Samuel Rosa; Lenine e Spok.

Abrindo oficialmente a Quarta-feira de Cinzas, Alceu Valença tomou conta da multidão, que festejou também a grandiosidade de Elba Ramalho. Abraçando os inimigos do fim e honrando a alcunha de maior festa de rua do país, o Orquestrão deu fôlego extra para os milhares de ansiosos por um 2025 que é logo ali.

“A gente chega ao último dia com o sentimento de que está fazendo o maior e melhor carnaval da nossa história. E a gente traz também números muito bons, surpreendentes. Em termos de movimentação econômica, de resultado para o turismo e presença de foliões. São oito mil pessoas que trabalham só pela Prefeitura para garantir a realização desse carnaval. São 49 polos, 3 mil apresentações, 98% delas são aqui da nossa terra. A gente recebe convidados do Brasil inteiro também. Então tudo isso está fazendo com que o Carnaval do Recife garanta o seu lugar no pódio de melhor Carnaval do Brasil. Carnaval democrático, livre, gratuito e presente na cidade como um todo”, detalhou o prefeito João Campos.

A quantidade de pessoas mobilizadas influencia também no dia a dia de muitas famílias, numa festa definitivamente para todos.

“Para mim, a grande lição desse carnaval é que vale a pena fazer as coisas com coração e com gestão bem feita. A gente montou o centro de operações, acompanhando todas as áreas integradas. Ao longo do processo de realização do Carnaval muitos ajustes são feitos, muitos não são nem percebidos diretamente, mas criam um impacto positivo, avaliação interna todo dia. Sempre melhores resultados. Isso, por exemplo, quando a gente olha na área de reciclagem, ano passado, o carnaval inteiro foram 16 mil quilos de materiais coletados, hoje a gente já está com 25 mil quilos antes de terminar o carnaval. Por quê? Mais cooperativas participando, mais catadores beneficiados, recursos chegando na mão dessas pessoas, porque tudo é revertido para elas. Isso é uma decisão de gestão, olhando para o social e ambiental, que faz a diferença na vida do carnaval”, finalizou João Campos.

Responsável por conduzir os foliões pela chegada da não esperada Quarta-Feira de Cinzas, o Orquestrão nasceu em 2016, com a ideia de ser a maior Orquestra de Frevo do mundo, sendo a grande apoteose do Carnaval. Desde então, há uma média, em cada edição, de mais 180 músicos executando juntos o ritmo. O comando fica a cargo do Maestro Spok. Intitulando-se como a maior fã do frevo do Marco Zero, honrando a típica mania de grandeza do recifense, Camila Costa, 46 anos, saiu de casa disposta a amanhecer cantando e dançando.

“Último dia de carnaval é coisa difícil para mim, não sei só vir, curtir um show ou outro e depois voltar para casa. Tenho que ir até o final, frevando como faço desde criança. Até a hora que tiver festa, estarei lá. O arrastão do frevo que me aguarde”, decretou Camila Costa.

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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