Comissão do Senado visita Conjunto Beira-Mar, ouve diagnóstico e promete buscar solução

Comissão do Senado visita o Conjunto Beira-Mar

Uma visita com vários sentimentos. Revolta, descrença. Esperança. A diligência externa da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado sobre os. prédios-caixão começou por Paulista. Sobre os escombros do Bloco D7 do Conjunto Beira-mar, os senadores Humberto Costa e Teresa leitão, a ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, os deputados Carlos Veras (federal) e João Paulo (estadual) e representantes do TJPE e Itep foram recebidos pelo prefeito Yves Ribeiro, vereadores e trabalhadores da Defesa Civil. Ao final da visita, promessas de solução para demolir os prédios condenados, para construção de novos habitacionais, e a possibilidade de recuperar alguns deles.

O grupo ouviu um relato sobre o que ocorreu na manhã do dia 7 de julho, quando parte do bloco colapsou, provocando 14 mortes e deixaram outras setes pessoas feridas. O grupo ouviu que há 23 blocos condenados, com 32 apartamentos cada.

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A prefeitura disse que desde 2010 vem buscando uma solução para derrubar os que não tem mais condições de ficarem em pé. Mas acrescenta que tudo esbarra nas seguradoras e na Caixa Econômica, responsável por grande parte dos prédios.

A secretária executiva de Defesa Civil de Paulista, Cinthia Silva, foi categórica na sua avaliação sobre os prédios.

“Esses prédios-caixão já nasceram mortos, por conta da estrutura. São 23 blocos, com 32 apartamentos cada. Os moradores foram retirados, mas depois outros ocuparam. Nós elaboramos os pareceres para eles procurarem as seguradoras. Alguns tem vigilância, a seguradora colocou. Mas nem todos”, explicou Cinthia Silva.

O senador Humberto Costa afirmou que a CAS do Senado deve elaborar um relatório das visitas – além do Janga, eles foram a Olinda, Cordeiro e farão um debate na Alepe – “se possível na próxima semana”, para que o assunto seja tratado com celeridade no Governo Federal.

“Temos que achar uma solução que contemple tanto os moradores que estavam ocupando os prédios quanto os proprietários. Há várias propostas de solução para esse problema. Elas vão desde a demolição dos prédios para a construção de novas moradias até a recuperação de alguns após análise técnica por parte do Itep. Vamos discutir tudo isso e ouvir a todos durante a audiência pública”, afirmou o senador Humberto Costa.

Morador do prédio C15, o artesão Odílio Pereira, 63 anos, saiu com esperança de que agora a situação se resolva. Disse que nunca ninguém havia se preocupado com a situação deles e que a vida da comissão do Senado pode mudar as coisas.

“Espero que a comissão se interesse pela causa. Somos todos prejudicados, 600 famílias prejudicadas. Que se dê uma direção, um norte positivo ´para que a gente possa receber a nossa indenização e o dinheiro do aluguel. Estou há quatro meses sem receber aluguel”, destacou Odílio Pereira.  

Tumulto

Ao chegar ao local, o prefeito Yves Ribeiro foi vaiado por um grupo de pessoas que dizia ser formado por moradores dos prédios do Conjunto Beira-Mar. Num momento seguinte, teve bate-boca, empurra-empura e a Polícia Militar teve que intervir.

Durante a fala da secretária executiva de Defesa Civil de Paulista, Cinthia Silva, várias pessoas protestaram contra o prefeito e pedindo por uma solução para os seus casos. Chegou ao ponto de o senador Humberto Costa ter que dizer que não estava ali fazendo política.

“A gente aqui não está preocupado com a disputa municipal. Aqui é uma comissão do Senado Federal, que está vindo com magistrados da Justiça estadual para tentar encontrar uma solução que não vai ser dada aqui. Deixa a gente ouvir o problema, saber da situação. À tarde (na Alepe) todo mundo vai poder falar. Então, não vamos ficar aqui fazendo essa discussão. Ajuda a gente por favor, pediu Humberto Costa.

De lá o grupo seguiu para o Edifício Juliane, em Jardim Atlântico, Olinda e para o Residencial Bosque das Madeiras, no Cordeiro, Recife. Ainda participariam de uma audiência na Assembleia Legislativa, à tarde.

O Beira-Mar

O Conjunto Beira-Mar, no Janga, foi construído há 41 anos em Paulista. São 1.711 unidades distribuídas em 39 blocos, sendo 23 do tipo caixão e nove com estrutura de pilotis.

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Uma resposta

  1. Essas pessoas que criticaram o prefeito, deve ser da outra gestão, e uma pena Eu te falar isso, porque quando Jesus Cristo que não tenhe ninguém que tire. O povo falalo de Jesus Cristo que morreu pôr todos nós; imagine o prefeito. Jesus Cristo e Maria Santíssima te abençoe sempre prefeito.

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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