Após a assinatura do contrato com o governo de Pernambuco, que prevê um segundo terminal de cargas privado no Porto de Suape, o Sindicato dos Estivadores nos Portos de Pernambuco, junto com os demais sindicatos que representam os trabalhadores portuários, foi recebido, em Brasília, pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, e pela Secretária Especial de Portos da Presidência da República, Mariana Pescatori. Eles levaram a preocupação em relação à contratação de mão de obra para o novo terminal, operado pela empresa dinamarquesa Maersk.
O presidente do Sindicato dos Estivadores, Josias Santiago, comandou a comitiva e ressaltou a importância da abertura do diálogo com a classe trabalhadora.
“Demonstramos nossa preocupação com o futuro da mão de obra das seis categorias diante da chegada do novo terminal no Porto de Suape. Abordamos, inclusive, questões como o possível esvaziando do porto público de Suape por conta do risco das demais cargas migrarem para terminais privados. Enfatizamos a importância do porto público para toda a cadeia produtiva do estado de Pernambuco, considerando as parcerias público-privadas”, pontua Josias Santiago.
Ainda segundo ele, durante a audiência foi debatida a proteção trabalhista das categorias portuárias.
“Afirmamos ao ministro que não somos contra os investimentos privados e o desenvolvimento do Porto de Suape, mas queremos, e temos o direito de fazer parte dessa equação. O ministro foi muito solícito e finalizou o encontro afirmando que o governo federal vai criar, no âmbito dos Portos, o Fórum Permanente dos Trabalhadores”, resume Josias Santiago.
O Ministério solicitou mais informações sobre os possíveis impactos na categoria com a instalação do terminal da APM, o que já está sendo preparado de forma detalhada pelos sindicatos. Sílvio Costa Filho se comprometeu em realizar uma nova agenda conjunta com a categoria para debater mais a fundo o tema.
A principal preocupação do Sindicato dos Estivadores de Pernambuco é em relação à perda de postos de trabalho na região de Suape. O risco existe, uma vez que se tata de um terminal privado.