Em Olinda, candidato tem de bolo. Já propostas de gestão…

A política, apesar de não ser uma ciência exata, tem certos fundamentos “imexíveis”, como disse um dia um certo ministro do Trabalho. Um deles é que, quando não há um candidato natural e forte, as candidaturas se multiplicam. E Olinda tai para provar isso. Lá tá que nem coelho. Você se distrai e já tem mais um nome colocado na disputa.

Nesta sexta-feira (27), o PDT lança o nome do ex-prefeito (de Jacilda Urquisa), ex-vereador e ex-secretário da gestão de Renildo Calheiros, Manoel Sátiro. Ele se juntou a quase uma dezena de pré-candidatos na Cidade Patrimônio (ameaçado) da Humanidade.

A lista é longa. A começar pela pré-candidata do prefeito Lupércio, a secretária Desenvolvimento Econômico, Inovação e Tecnologia, Mirella Almeira, que teve o rosto estampado em outdoors pela cidade. A ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, está animada para voltar a comandar o município. Vai defender os 16 anos de gestão do PCdoB na cidade. E isso talvez seja o seu maior adversário. A gestão de Renildo Calheiros ainda aparece como o seu pior cabo eleitoral.

Tem o vice-prefeito Márcio Botelho, que entrou num bloco de oposição juntamente com outros pré-candidatos a prefeito. Antes disso, em março, se filiou ao PP. Muitos consideraram como um rompimento com Lupércio, mas na ocasião ele negou. Até para criar um fato, poderia ter feito o rompimento oficial. Da forma como foi feito, dá a impressão que coloca um pé em cada canoa: fazendo discurso de oposição, mas light. Vai que Mirella não emplaca…

Outro nome que colocado é a da secretária de Projetos Especiais de Jaboatão dos Guararapes, Izabel Urquiza. Presidente do PL Mulher, será colocada como candidata do bolsonarismo e terá que defender o legado do ex-presidente Jair Bolsonaro numa cidade reconhecida como de viés de esquerda. Assim como Luciana, terá que defender a gestão da sua mãe, Jacilda.

Há os candidatos da Câmara Municipal. Jesuíno Araújo está no terceiro mandato de vereador e sempre é colocado como pré-candidato a prefeito. Começou um projeto de oposição com Márcio Botelho e Izabel Urquiza. que ainda não se sabe de novos movimentos. Ao que parece, ficou só na foto. O outro pré-candidato da Câmara é Vinícius Castello, do PT do presidente Lula. Mas sua candidatura cai por terra se Luciana Santos for candidata, pois o PT, PCdoB e PV fazem parte de uma federação. Ou seja, só pode ter um nome.

Candidato em 2016, quando liderou no primeiro turno e foi derrotado pelo Professor Lupércio no segundo turno, o advogado Antônio Campos lançou o movimento Olinda Quer Mais. Ele já teria até vice na chapa, o advogado e professor Paulo Sales.

Nome do PSB para várias cidades na Região Metropolitana, a deputada estadual Gleide Ângelo assumiu o comando do partido no município e, no ninho socialista, todos querem que ela entre na disputa. Mas assim como o vereador Vinícius, sua candidatura pode cair por terra no caso de uma grande frente de esquerda no município.

Nomes não faltam. É capaz de surgir ainda mais uma tuia até a campanha. O que não se vê são propostas sólidas para o turismo, para o desenvolvimento econômico, para elevar Olinda para o patamar que ela merece…

Apenas projetos pessoais ou de partido. Ainda falta muito para eleições. Tempo necessário para formular propostas viáveis e que não morram no fundo de uma gaveta quando a pessoa for eleita.  

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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