Com a primavera e o tempo mais seco, crescem nesta época do ano os casos de doenças como rinite, sinusite, bronquite e asma. De acordo com dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), cerca de 30% dos brasileiros sofrem de alguma alergia respiratória. A transição para o clima quente traz mais poluentes no ar, maior circulação de pólen e variações de temperatura.
“O aumento da polinização, característica da época, aumenta o contato do indivíduo com esse aeroalérgeno, precipitando a crise”, explica a otorrinolaringologista Raquel Rodrigues, do Hope, hospital integrante do grupo Vision One.
Uma das doenças mais comuns do período é a rinite alérgica. Os sintomas incluem espirros frequentes, coriza, coceira na garganta e olhos, além de congestão nasal. Além da rinite, há também a conjuntivite alérgica, que se caracteriza pelos olhos vermelhos, lacrimejamento e sensação de areia nos olhos. Já as pessoas que já sofrem de alguma alergia respiratória, como a asma, também podem sofrer com um agravamento dos sintomas, como tosse, chiado no peito, falta de ar e abertura no peito.
“Os sintomas mais comuns são obstrução nasal, coriza, espirros e prurido (coceira) nasal e ocular, que pode acarretar também quadros de conjuntivite. Esses sintomas causam prejuízo na qualidade de vida e se confundem muito com quadros infecciosos”, aponta a otorrinolaringologista Raquel Rodrigues.
Para se prevenir, é possível adotar algumas providências.
“Os cuidados devem ser redobrados com a o ambiente domiciliar. Manter a casa arejada e evitar varrer o quarto para não dispersar a poeira doméstica, que é onde se encontra a maior quantidade de ácaros. O ideal é aspirar ou passar um pano úmido”, ensina a otorrinolaringologista Karla Beltrão, do Hospital Santa Luzia, também do grupo Vision One
Outra medida importante no período é adotar a lavagem nasal, capaz de aliviar sintomas como a congestão e auxiliar no controle de doenças como a rinite, fazendo com que o aeroalérgeno fique menos tempo em contato com a mucosa nasal, diminuindo assim o processo inflamatório.
O acompanhamento com um especialista também é fundamental, seja em quadros mais graves ou mesmo para se prevenir dos quadros alérgicos.
“Se necessário, é preciso consultar o seu médico para a utilização de alguma medicação preventiva”, finaliza a otorrinolaringologista Karla Beltrão.