O Recife alcançou o primeiro lugar geral no segmento de Saúde do ranking “As Melhores Cidades do Brasil em 2025”, elaborado pela revista Veja Negócios em parceria com a agência de classificação de riscos Austin Rating. O estudo avaliou 5.570 municípios e atribuiu pontuação de 16,7860 à capital pernambucana, resultado que reflete estratégias contínuas de expansão da rede municipal, modernização da infraestrutura e aumento da capacidade de atendimento.
O levantamento mede a capacidade das administrações municipais de transformar recursos públicos em benefícios sociais. A avaliação considera o Índice de Inclusão Social e Digital (IISD), formado por 253 indicadores distribuídos nos pilares Fiscal, Econômico, Social e Digital. O segmento de Saúde compõe o pilar Social e examina eficiência na prestação dos serviços, oferta de equipamentos e impacto direto das políticas públicas sobre a população.
Investimentos na rede do Recife
No Recife, a gestão tem concentrado esforços na requalificação de Unidades Básicas de Saúde (UBS), responsáveis pela atenção primária e pela porta de entrada no Sistema Único de Saúde (SUS). Diversos postos e policlínicas passaram por melhorias estruturais e tecnológicas, com ampliação de salas, instalação de novos equipamentos e reorganização dos fluxos de atendimento. Essas intervenções buscam aumentar a resolutividade local, diminuindo demandas reprimidas e fortalecendo o acompanhamento preventivo nos bairros.
Avanços na alta complexidade
Entre as iniciativas estruturantes, destaca-se a construção do novo Hospital da Criança do Recife (HCR). A unidade, projetada com padrões de alta complexidade, concentra serviços pediátricos especializados e amplia a oferta de leitos para crianças e adolescentes. O equipamento está entre os maiores investimentos recentes em saúde infantojuvenil no Nordeste, associado à qualificação profissional e à expansão de exames e procedimentos especializados.
Eficiência, acessibilidade e impacto social
Para especialistas, a liderança do Recife no pilar Saúde evidencia eficiência na alocação de recursos e na ampliação do acesso da população aos serviços essenciais. O coordenador do Núcleo de Economia Urbana do Insper, Mauricio Bouskela, afirma. “Uma boa cidade é, essencialmente, uma cidade que melhora a vida das pessoas… Isso inclui boa mobilidade, segurança e acessibilidade – desde calçadas adequadas até o acesso a equipamentos públicos como escolas, postos de saúde e transporte”, disse.
O desempenho da capital pernambucana confirma essa análise ao apresentar menor desperdício de recursos, maior cobertura de serviços básicos e melhora mensurável na oferta de atendimentos especializados. O resultado obtido no ranking reforça a posição do Recife como referência nacional em gestão pública, demonstrando que políticas integradas e planejamento de longo prazo elevam a qualidade de vida de forma concreta.
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