Governo e União alinham ações para instalar Escola de Sargentos

A implantação da Escola de Sargentos do Exército (ESE), prevista para iniciar operações em 2035 entre Abreu e Lima e Paudalho, voltou ao centro da agenda do setor produtivo e do poder público durante o segundo Fórum Permanente de Infraestrutura de Pernambuco, realizado nesta segunda-feira (24) pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (FIEPE). O encontro reuniu representantes do Governo do Estado, ministros e empresários para avaliar obras, autorizações ambientais e os efeitos econômicos do empreendimento de R$ 2 bilhões, que deve gerar cerca de 30 mil empregos ao longo da fase de construção.

A governadora Raquel Lyra afirmou que o projeto consolida uma nova etapa para a infraestrutura da Região Metropolitana Norte e citou as frentes conduzidas pelo Estado. “O investimento é de mais de R$ 2 bilhões e traz uma nova perspectiva para a economia da Região Metropolitana Norte, onde temos uma carência de investimentos estruturadores. O Governo do Estado vem fazendo todas as obras que dizem respeito à estruturação da escola, como a PE-27, a Estrada de Mussurepe, a triplicação da BR-232, levar água, energia, rede ótica para permitir que a estrutura da escola possa já nascer em sua plenitude. Estamos mediando todas as conversas sobre esse investimento, temos um grupo de trabalho montado que se reúne semanalmente para cuidar desses assuntos”, disse a gestora, acompanhada da vice-governadora Priscila Krause.

Unidade política em torno da ESE

O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, reforçou que a instalação da Escola de Sargentos depende de articulação conjunta entre governos e instituições. “Precisamos de unidade para avançar nas obras estruturantes a favor de Pernambuco, como a Escola de Sargentos, um equipamento estratégico e fundamental para o desenvolvimento de Pernambuco. Esse é um momento importante não só para a nossa economia, mas é um momento para celebrar a unidade política que estamos vivenciando neste momento”, afirmou.

O ministro destacou ainda o papel do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, na consolidação do projeto. “Quero destacar o grande trabalho do ministro José Múcio, que tem sido decisivo para que a Escola de Sargentos se torne uma realidade em nosso Estado. Múcio tem defendido Pernambuco com muita dedicação, diálogo e firmeza, e isso tem sido essencial para que o projeto avance. Nós sabemos a pressão e enfrentamento que ele passou nesses últimos anos por governadores de outros estados que não queriam que a escola fosse construída em Pernambuco. Se não fosse sua capacidade de enfrentamento de José Múcio, não estaríamos realizando esse sonho”, completou Silvio.

Infraestrutura e impactos ambientais

O Estado firmou acordo de cooperação com o Exército que inclui ampliações em abastecimento de água, saneamento, transporte público, energia elétrica, conectividade por fibra óptica, serviços de saúde e educação. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, apontou que ajustes ambientais recentes reduziram impactos. “Conseguimos construir uma solução de mitigação dos impactos ambientais, reduzindo pela metade a supressão de área verde e dobrando a compensação ambiental que será feita antes mesmo da obra começar. Comemoramos hoje esses avanços, de poder ter aqui um equipamento tão importante e relevante, e ainda assim preservar o meio ambiente”, afirmou.

Efeitos econômicos de longo prazo

Após a inauguração, a ESE deverá abrigar 2.200 alunos e 1.900 profissionais permanentes, com impacto anual estimado de R$ 200 milhões na economia regional. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, destacou o alcance do investimento. “Estamos trazendo os professores para onde estão as famílias do Nordeste e do Norte, para que o Brasil seja mais igual nas oportunidades. O Governo de Pernambuco tem ajudado e isso é uma oportunidade raríssima na história do Estado”, disse.

O comandante do Comando Militar do Nordeste, general Maurílio Ribeiro, afirmou que o projeto vem sendo aprimorado continuamente. “Percebemos avanços muito significativos que aumentaram a qualidade e maturidade do projeto. Será uma escola que pretende trazer o maior número de benefícios — na área militar, social, econômica, ambiental e de pesquisa”, declarou.

Setor produtivo prevê mudanças no território

O presidente da FIEPE, Bruno Veloso, explicou que os impactos do equipamento transformarão o entorno do empreendimento. “A movimentação que vai acontecer em todo o entorno será muito grande. Então, essa escola vai impulsionar todo o comércio, e toda a infraestrutura será modificada naquela região, trazendo emprego e renda. É uma obra importantíssima”, afirmou.

O encontro também contou com a presença do ministro Silvio Costa Filho, do deputado estadual Renato Antunes, dos secretários Daniel Coelho e André Teixeira Filho, do diretor-presidente da CPRH, José Anchieta, e do prefeito de Aliança, Pedro Freitas.

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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