O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, confirmou, nesta quarta-feira, a entrada do Grupo Aeroportuario del Sureste (ASUR) no mercado brasileiro, após a compra da operação da Motiva, antiga CCR. A transação, avaliada em R$ 5 bilhões, envolve ativos no Brasil e em outros países da América Latina.
A Motiva administra atualmente 17 aeroportos em nove estados, entre eles Confins (MG) e São Luís (MA). Com a aquisição, o setor aeroportuário brasileiro passa a contar com um novo operador estrangeiro. O grupo mexicano já administra nove aeroportos no México e sete em países da América Latina, experiência considerada relevante pelo ministério.
Silvio destaca expansão da aviação
Segundo o ministro Silvio Costa Filho, a operação ocorre em um momento de expansão da aviação nacional. “A vinda de um player mexicano vai ampliar as relações comerciais entre Brasil e México e vai fortalecer o turismo de negócios e o turismo de lazer entre os dois países. Nós estamos falando da maior transação aeroportuária em curso no mundo”, afirmou.
Ele acrescentou que o investimento se alinha à política de modernização do setor. “Esses novos investimentos dialogam com a agenda do Ministério de Portos e Aeroportos de buscar modernizar e ampliar novas concessões no Brasil. Nós estamos vivenciando o maior volume de investimentos da história em infraestrutura do setor aeroportuário. Nesses últimos dois anos e meio do governo Lula, já incluímos quase 30 milhões de passageiros a mais na aviação brasileira, o que é fruto do crescimento econômico e do turismo no Brasil”, completou.
O ministro destacou ainda a possibilidade de ampliar voos entre Brasil e México, impulsionada pela posição geográfica estratégica dos dois países no continente. A avaliação do governo é que ambos podem funcionar como hubs, conectando Estados Unidos e países da América do Sul e aumentando o fluxo internacional.
Crescimento das conexões
Entre janeiro e setembro deste ano, foram 1.375 voos entre Brasil e México, alta de 17% em comparação com igual período do ano anterior. O movimento de passageiros chegou a 253 mil, crescimento de 15,4% frente a 2024. Esse avanço reforça a expectativa do ministério de que a entrada do novo operador resulte em mais opções de rotas e maior competitividade no setor.
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