O brasileiro não tem um dia de sossego com Congresso Nacional. Como se não bastassem PEC da Blindagem, anistia, dosimetria, agora a Comissão Mista do Orçamento do Congresso Nacional aprovou um novo absurdo: o aumento de R$ 1 bilhão, conforme proposta enviada pelo Governo Federal, para R$ 4,9 bilhões no fundo eleitoral, justamente em ano de eleições, para turbinar as contas dos partidos políticos. Um aumento de 390%.
Para se ter ideia, com o valor que está sendo proposto para o fundo seria possível construir 28.823 unidades do Programa Minha Casa, Minha Vida, pelo valor mais alto de obra. Cada unidade varia de R$ 100 mil a 170 mil. Também representa R$ 3,2 milhões de salários mínimos, remuneração da grande maioria dos brasileiros.
A decisão de ampliar o fundo eleitoral em um ano de disputa nas urnas escancara a prioridade da classe política em preservar seus próprios interesses. Em vez de concentrar esforços na destinação de recursos para políticas públicas estruturantes, como habitação, saúde ou geração de emprego, o Congresso Nacional chancela mais uma medida que fortalece partidos e candidatos em detrimento da população.
Esse movimento evidencia o desequilíbrio entre a realidade enfrentada por milhões de brasileiros e a lógica de financiamento eleitoral. Ao escolher turbinar campanhas políticas com bilhões de reais, parlamentares e governo sinalizam que o espaço de negociação orçamentária continua distante das necessidades sociais mais urgentes, reforçando a sensação de que o cidadão comum permanece em segundo plano.
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Uma resposta
Tem que dar nomes ao bois. Quem foi a favor, quem foi co tra e seus respectivel partido!!!