Carlos Veras defende pressão popular contra PEC da Blindagem e anistia

Prresidente estadual do PT e 1º secretário da Câmara, Carlos Veras avalia que Congresso deve priorizar pautas da população e não autobenefícios

Primeiro-secretário da Câmara dos Deputados e presidente estadual do PT, o deputado federal Carlos Veras (PT-PE), afirmou que a mobilização popular é essencial para frear retrocessos e pautar temas de interesse da sociedade. Ao chegar no evento que reuniu milhares de pessoas na Rua da Aurora e se estendeu até o Marco Zero, integrando protestos realizados em mais de 40 cidades em todo o país contra a PEC da Blindagem e a urgência para a votação de anistia para os envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

“O Congresso tem que se pautar pelas pautas que têm sintonia com a sociedade. Não em tentativas de autoblindagem ou vantagens individuais para parlamentar. Nós temos que nos concentrar na isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, no fim da escala 6 por 1, porque as trabalhadoras não aguentam mais”, afirmou Veras.

Segundo o parlamentar, a pressão das ruas demonstra que a sociedade não abrirá mão de direitos e da democracia. “Essa pressão popular mostra que o povo está atento e não vai abrir mão da soberania nacional. Vai reivindicar seus direitos e que a pauta que impacta positivamente a vida das pessoas seja debatida no Congresso”, declarou.

Veras avaliou que a aprovação da PEC e do projeto de anistia resultou de uma aliança entre setores do Centrão e da base bolsonarista, provocada pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, além de investigações em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Polícia Federal. “Houve um pouco de desespero. Esse conjunto acelerou as pautas e criou uma aliança que resultou nessas medidas muito negativas para a sociedade”, disse.

Carlos Veras e o risco da PEC

Para o deputado, a PEC fragiliza a fiscalização em relação aos parlamentar, já que condiciona a abertura de investigações à autorização dos próprios pares. “Isso muda na vida do deputado, não na vida das pessoas. Mas moralmente impacta, porque daqui a pouco líderes do crime organizado podem se eleger para garantir proteção. Isso gera impunidade”, ressaltou.

Sobre a anistia, Veras foi enfático ao afirmar que se trata de uma proposta inconstitucional. “Se passar no Senado, o presidente Lula veta. Se derrubarem o veto, eu não tenho dúvida de que o Supremo vai declarar inconstitucional. Tentativa de golpe é crime. Se não for julgado e punido no rigor da lei, pode se repetir a qualquer momento, seja contra prefeito, governador ou presidente da República”, declarou.

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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