O dia 11 de setembro, marcado na história pelos atentados nos EUA em 2001 e pelo golpe de estado no Chile em 1973, com a consequente morte de Salvador Allende, entra para a história pela primeira condenação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de um ex-presidente da República por tentativa de golpe de estado. Jair Bolsonaro, que estava inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com a condenação está definitivamente fora da disputa das eleições do próximo ano. Para complicar a situação do bolsonarismo, duas pesquisas divulgadas nesta quinta-feira (11) apontam o crescimento da avaliação positiva do ex-presidente Lula.
A pouco mais de um ano da eleição, o desafio dos bolsonaristas é se recompor para chegar forte nas eleições de 2026. Sem a sua principal figura na disputa, os aliados do ex-presidente precisam chegar a um consenso sobre quem será o candidato para disputar contra o presidente Lula. Nome preferido do mercado, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, encontra terreno hostil no núcleo familiar e mais próximo a Bolsonaro. Michele, que teria boa receptividade entre os seguidores do ex-presidente, nunca disputou uma eleição e é uma incógnita.
E essa definição de que Bolsonaro é, definitivamente, carta fora do baralho da disputa não tinha dia pior para ocorrer para o seu grupo: justamente quando foram divulgadas pesquisas do Datafolha e Ipsos-Ipec, que apontaram crescimento da avaliação do presidente Lula de quatro e cinco pontos percentuais, respectivamente, em relação aos levantamentos anteriores.
Bolsonarismo em Pernambuco
E esse momento turbulento em relação à disputa nacional se reflete nas composições estaduais. Em Pernambuco, por exemplo, o PL, partido do ex-presidente, há dois pré-candidatos aos Senado em busca de um candidato ao Governo. E a repercussão da decisão do STF deve dificultar ainda mais as articulações em Pernambuco.
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