Do Movimemto Econômica
O pedido de admissibilidade do processo de impeachment contra a prefeita de Olinda Mirella Almeida (PSD) e o vice-prefeito Chiquinho (SD) foi rejeitado, nesta quinta-feira (26), pelo plenário da Câmara de Vereadores. A proposta, apresentada pelo advogado e ex-candidato a prefeito Antônio Campos (PRTB), recebeu 13 votos contrários, 2 favoráveis e teve 2 ausências. Com o resultado, o ofício foi arquivado. Apenas os vereadores Eugênia Lima (PT) e Alessandro Sarmento (PL) votaram a favor do prosseguimento.
O pedido de abertura de processo de impeachment contra Mirella Almeida apontava possíveis irregularidades na gestão, incluindo o descumprimento da Lei de Acesso à Informação, a ausência de prestação de contas da transição de governo e dos gastos com o Carnaval de 2025, além da falta de pagamento de emendas impositivas. Antes da sessão, representantes da Prefeitura se reuniram com os parlamentares e demonstraram interesse em manter o diálogo institucional.
A sessão foi conduzida pelo presidente da Casa, Saulo Holanda (MDB), que reforçou a necessidade de garantir o direito ao debate entre os vereadores. Com o resultado, o pedido foi oficialmente arquivado e o trâmite encerrado na Câmara de Olinda.
A prefeita de Olinda, Mirella Almeida, reafirmou a legitimidade de seu mandato, criticando a tentativa de impeachment movida por Antônio Campos, a quem acusou de agir de forma recorrente para desestabilizar governos eleitos.
Há pouco mais de seis meses na gestão, Mirella ressaltou que já foram executadas diversas ações e que os olindenses poderão ver resultados de trabalhos futuros. “Fui eleita pelo povo e estou com muita determinação para fazer de Olinda uma cidade a cada dia melhor. Vamos trabalhar com dedicação à população sempre”, declarou a prefeita.
Oposição
Para líder da oposição da casa, Eugênia Lima (PT), que votou favorável pela admissão, o pedido de impeachment seria a oportunidade da atual prefeita prestar esclarecimentos. “A prefeita tem a maioria, então já era esperado, mas o pedido tinha indícios para ser admitido. Entendemos que seria uma oportunidade de esclarecer os vários pedidos de informação e requerimentos que não foram respondidos”, comentou.
O vereador Alessandro Sarmento manteve as críticas à administração. “Apoiei fortemente a prefeita Mirella Almeida no segundo turno, porém algumas coisas precisam ser resolvidas. Como parlamentar, não me sinto respeitado quando tenho um requerimento oficial ignorado. Se houver problema jurídico no pedido, que se corrija. Mas o debate é legítimo”.
Aliados defendem gestão Mirella Almeida
Entre os parlamentares aliados da prefeita Mirella Almeida, o vereador Jesuíno Araújo (PSD) saiu em defesa da gestão municipal. Segundo ele, a Prefeitura de Olinda tem respondido gradualmente aos requerimentos apresentados pelos vereadores. “A Casa continua pedindo informações, e a Prefeitura vem encaminhando. Já se passaram cerca de sete meses, com mais de 20 pedidos feitos por 17 vereadores. São pontos que também precisam ser considerados, porque tenho convicção de que tudo isso é passageiro e a gestão de Mirella Almeida vai demonstrar bons resultados”, afirmou.
O vereador Biai (Avante) também rejeitou a admissibilidade do processo de impeachment. Para ele, o pedido é frágil e sem fundamentos jurídicos sólidos. “Esse pedido chegou há poucos dias e já identificamos diversas inconsistências. Um processo de impeachment é político e jurídico. Precisa de embasamento legal e de um grupo coeso. Estou tranquilo com minha decisão. Estou em meu nono mandato e sei que, do lado de fora, sempre vai ter alguém criticando”, declarou.