A movimentação no transporte aéreo brasileiro somou cerca de 10 milhões de passageiros em abril, somando voos domésticos e internacionais. O dado representa o maior volume já registrado para o mês desde o início da série histórica da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), iniciada em janeiro de 2000. É também a primeira vez que o segmento internacional ultrapassa a marca de 2 milhões de passageiros em abril.
No mercado doméstico, foram 7,9 milhões de passageiros, alta de 9,6% em relação a abril de 2024. Já o transporte internacional processou 2,1 milhões de passageiros, crescimento de 17,2% na mesma base de comparação. Com isso, a movimentação total subiu 11,1% em relação ao ano anterior.
Demanda cresce acima da oferta no transporte aéreo
A demanda doméstica, medida em passageiros por quilômetro transportado (RPK, na sigla em inglês), teve crescimento de 13,4%. A oferta de assentos, medida em assentos por quilômetro oferecido (ASK), aumentou 7,6% no mesmo período. No mercado internacional, a demanda subiu 14,4%, enquanto a oferta cresceu 12,2%.
A diferença entre crescimento da demanda e da oferta pode pressionar preços em rotas com alta ocupação, segundo analistas do setor. A Anac divulga os dados no relatório mensal de demanda e oferta disponível em seu site.
Queda na carga doméstica e leve alta na internacional
A movimentação de carga aérea internacional somou 74,8 mil toneladas, alta de 4,4% na comparação com abril de 2024. Já o transporte de cargas no mercado doméstico totalizou 35,9 mil toneladas, o que representa uma queda de 12,5% na mesma base de comparação.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou que o desempenho reforça o impacto das ações de estímulo ao setor. “Os números recordes da movimentação de passageiros aéreo em abril confirmam que o setor aéreo segue em rota de crescimento, com mais brasileiros voando dentro e fora do país. É um reflexo direto dos investimentos em infraestrutura, da ampliação da malha aérea e do compromisso do governo do presidente Lula em promover a conectividade e a eficiência do transporte aéreo nacional. Seguiremos trabalhando para garantir um setor cada vez mais acessível, seguro e competitivo para todos. Será o melhor ano da história”, afirmou.
O governo federal tem apostado em novos leilões de aeroportos, parcerias com companhias aéreas e incentivos à aviação regional como parte da estratégia para aumentar a conectividade nacional.
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