A Assembleia Legislativa De Pernambuco (Alepe) começa a semana da mesma forma que terminou a anterior: marcada pelo impasse sobre como se darão os trabalhos da Casa após a decisão da bancada governista de trancar a pauta de votações, que foi ratificada pela mesa diretora do legislativo. De certo, apenas que os parlamentares do Governo vão buscar uma alternativa para que o empréstimo de R$ 1,5 bilhão chegue ao plenário para ser votado, bem como a indicação do administrador de Fernando de Noronha. Também que a oposição nada fará para facilitar a vida deles.
O grande desafio da bancada governista é desfazer o que foi feito na última quarta-feira, uma estratégia esquisita, em que lançaram mão de um instrumento típico da oposição, que é o trancamento da pauta para forçar que os pleitos sejam atendidos pela Casa. Só que, na Alepe, isso era tudo que a oposição, que já vem protelando a tramitação das matérias, queria.
A estratégia foi tão errada que inspirou brincadeiras na Casa. Teve parlamentar aliado comparado à ação de Donald Trump ao taxar a China, e tendo que recuar depois. Do outro lado, na oposição, um deputado brincou, dizendo que estava “de férias’.
Governistas analisam saída
Nesta segunda, os governistas vão analisar os caminhos a seguir. Levar o caso à Justiça teria pouco efeito, pois um Poder não vai se envolver numa situação interna do outro. Retirar o trancamento da pauta seria uma derrota e não resolveria a questão da votação das duas propostas.
De toda a forma, independentemente da saída, a estratégia foi, no mínimo, mal planejada, pois não se pode fazer uma jogada em que amplia o confronto sem ter um plano B, para ter direito a uma saída honrosa, mesmo com a derrota.
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