Quando o fato não explica a versão, a imagem da governadora é que sai no prejuízo

A sexta-feira começa com o Governo do Estado comunicando que a Secretaria de Educação e Esportes cancelou a inexigibilidade de licitação de R$ 52,5 milhões para realizar uma feira literária, após questionamentos sobre o alto valor aplicado. Há três semanas, a sexta-feira acabou com a saída do então secretário de Infraestrutura Evandro Avelar da gestão. Os dias, semanas, meses passam e a gestão estadual demonstra uma total incapacidade de manter uma agenda positiva.

A governadora Raquel Lyra tem trabalhado para mudar o viés negativo de notícias. Ninguém pode dizer o contrário. Colocou viaturas novas para policiamento das ruas, toca obras estruturadoras importantes. Tem andado pelo Estado, identificado problemas, indo a Brasília em busca de recursos. Mas quanto começa a surfar numa onda de fatos positivos, ela quebra logo no início.

A quinta-feira, por exemplo, vinha sendo positiva, com a viagem ao Sertão e o anúncio da reforma do aeródromo de Serra Talhada, inclusive com Raquel recebendo elogios de um aliado de primeira hora da adversária Marília Arraes, o deputado estadual Luciano Duque. Mas terminou com uma nota que explica muito mal sobre a necessidade de inexigibilidade na destinação de mais de R$ 52 milhões para uma feira de livros. E uma segunda nota, na sexta-feira em que fala que o certame foi cancelado. Isso após a oposição ir ao Tribunal de Contas do Estado para que a operação fosse melhor explicada.

Mais uma vez Raquel se torna refém de notícias desagradáveis, com a gestão tendo que explicar o que poderia ter sido esclarecido antes de ocorrer. E a política é cruel. Quando a pessoa tem que explicar alguma coisa, ela já está em desvantagem.

Veja a nota em que o Governo cancela o apoio à feira de livros, pois precisa de um “instrumento legal que estabeleça e normatize a bonificação”.

Nota à Imprensa

Foi publicado na edição do Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (15) ato que torna sem efeito o extrato da Secretaria de Educação e Esportes (SEE) que autoriza inexigibilidade de chamamento público para posterior formalização do termo de fomento com a Andlivros.

O ato foi suspenso porque, para garantir o bônus de livros para todos os professores e agentes administrativos da rede estadual de ensino, objeto deste investimento, será necessário um instrumento legal que estabeleça e normatize a bonificação. A matéria, de autoria do Poder Executivo, será publicada.

A decisão do Governo de Pernambuco pela garantia de recursos para professores e agentes da SEE terem acesso a amplo acervo bibliográfico está garantida e é mais um passo para reforçar a qualidade do ensino em Pernambuco.

Secretaria de Educação e Esportes
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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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