Numa disputa eletrizante, com direito a viradas, a candidata do PSD à Prefeitura de Olinda, Mirella Almeida, reverteu o placar do primeiro turno e conquistou a vitória, com cinco mil votos de diferença sobre o candidato do PT, Vinicius Castello. A conquista teve todas as digitais da governadora Raquel Lyra, que se empenhou na disputa, dando corpo a uma candidatura que enfrentava problemas em crescer. Mirella saiu das urnas com 111.613 votos (51,38%), contra 105.616 (48,62%).
Mirella foi surpreendida no primeiro turno ao ficar na segunda posição, quando as pesquisas diziam o contrário. No apurado das urnas, o candidato do PT, Vinicius Castello, surpreendeu e conquistou 38,75%, contra 30,02%, da candidata do PSD.
No segundo turno, o petista recebeu uma chuva de apoios. Garantiu em seu palanque os candidatos Márcio Botelho (PP) e Antônio Campos (PRTB) e vários vereadores, que desembarcaram da candidatura de Mirella e aderiram a Vinícius.
Vinicius ganhou corpo, consolidou a candidatura e caminhava para uma vitória tranquila. Mas uma versão olindense de guerra conversadora invadiu contaminou a campanha e colocou em risco a caminhada de Vinicius. Tudo por causa de tweets antigos do candidato que vazaram e continham palavras de baixo calão. Para piorar, ele apagou a conta, o que potencializou as críticas ao petista. Os prints dos tweets circularam fortemente entre os grupos evangélicos de WhatsApp.
Ao mesmo tempo, ele mudou o tom de campanha. Ao invés das críticas à gestão do professor Lupércio, que tem uma rejeição no município superior a 60%, adotou u discurso mais ideológico, apostando no presidente Lula e, principalmente João Campos, que esteve duas vezes no município no segundo turno. No início e no encerramento da campanha de rua. A união de tudo isso quebrou o clima de euforia entre os aliados do petista.
Mirella e a governadora
Por outro lado, Mirella começou o segundo turno vendo o seu grupo murchando. Vários vereadores eleitos pularam do barco. O primeiro deles, o presidente da Câmara, Saulo Holanda. A sangria continuou durante quase todo o segundo turno. Mas conseguiu estabilizar, muito pelo apoio dos evangélicos e dos eleitores da direita, refratários ao PT.
A governadora Raquel Lyra entrou de corpo e alma na campanha de Mirella. Esteve por três vezes em Olinda, em eventos para potencializar o nome da aliada. Nas duas últimas, arregimentou prefeitos eleitos em outras cidades para dar corpo político a Mirella.
Às 18h49, a Justiça Eleitoral, com pouco mais de 95% das urnas apuradas, confirmou a vitória de candidata do PSD, numa vitória com o carimbo da governadora Raquel Lyra, que venceu um embate particular com João Campos.
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