Acaba nesta segunda-feira (23) o luto oficial de cinco dias decretado pela Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) pela morte do deputado José Patriota (PSB), na última terça-feira (17), vítima de câncer. A partir desta terça-feira (24) tem início o processo de convocação do suplente, que promete muitos capítulos sobre quem tem direito à vaga.
Nesta terça, será declarada a vacância da cadeira pela Alepe. A Casa, então, terá dois dias úteis para convocar o primeiro suplente do PSB, o hoje vereador no Recife Davi Muniz (PSD), que terá 30 dias para renunciar ao seu mandato na Câmara Municipal e apresentar a documentação necessária para assumir o cargo. Ou seja, até a quinta-feira Davi será convocado a assumir o mandato. Aí é que começa a confusão.
Como o vereador deixou o PSB para ser candidato pelo PSD a uma nova cadeira na Câmara do Recife, ele será enquadrado na lei de infidelidade partidária. Mas a perda do mandato de deputado estadual não é automática. Tem que ser via Justiça, que pode demorar até decretar a decisão.
Na Alepe, disputando vaga na Câmara
Muniz sabe que a sua causa é perdida e que, em seu lugar, assumirá Junior Matuto, que disputa a Prefeitura de Paulista. Nesse meio tempo, assumirá o mandato na Alepe e disputará o cargo de vereador do Recife, de maneira inusitada, como deputado estadual. Conquistando um novo mandato na Câmara, renuncia em dezembro à cadeira na Alepe, ciente que já a perderia de qualquer forma.
Junior Matuto, então, será convocado a assumir a vaga. Mas isso pode nem ocorrer. Candidato a prefeito de Paulista, com possibilidade de ser eleito, não poderia assumir, pois, assim como Muniz, se vencer a disputa, teria que ser diplomado em dezembro.
Assumiria, então, Kayo Albino, filho do prefeito de Garanhuns, Sivaldo Albino. Ou seja, são três nomes para uma vaga e muitas etapas até que a cadeira seja ocupada em definitivo.
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