Márcio Didier
Uma lacuna imensa fará parte do setor de sociais da Ilha do Retiro. Às 6h40 deste domingo (10), morreu a torcedora-símbolo do Sport Club Recife, Dona Maria José, aos 98 anos. Com câncer em estado avançado, ela estava internada desde julho, em cuidados paliativos.
Poucas frases parecem se encaixar tão bem numa pessoa, como a estrofe do Hino do clube, que diz: “Sport, Sport, uma razão para viver”. Dona Maria José levou para a sua vida as cores do Sport. Tudo nela era vermelho e preto. Das roupas que vestia, ao quarto do asilo em que viva até ser internada.
Na Ilha do Retiro, quando aparecia dançado ao som da Treme-Terra, o estádio ia ao delírio. Em dia de jogos, por onde passava era saudada pelos torcedores, que viam nela uma instituição do clube.
Mas o destino fez uma armadilha cruel no fim da vida de Dona Maria José. A pandemia da Covid a afastou da Ilha amada por mais de dois anos. Voltou em janeiro passado. Ainda houve tempo para acompanhar um Sport avassalador, que somou conquistas e vitórias no primeiro semestre. E não o que está em campo hoje, há cinco jogos sem vitórias e, por incrível que parece, fazendo de tudo para não subir para Série A.
Morre a mulher, fica o exemplo de amor e dedicação ao futebol e ao clube que foi o seu grande amor. Que descanse em Paz, Dona Maria José. Acompanhe o nosso Sport lá de cima. E se possível, dê uma forcinha de vez em quando, para uma vitória ou outra.