O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, anunciou neste domingo que não haverá greve no setor da aviação regular no Brasil, após a aprovação, pelos aeronautas, da proposta de renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para o período 2025/2026. O acordo garante a normalidade dos voos em todo o país em um momento de alta demanda do transporte aéreo.
A definição ocorreu após negociações mediadas pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que conduziu o processo diante do impasse entre trabalhadores e empresas aéreas. Com a aprovação da proposta, ficam afastadas paralisações que vinham sendo discutidas pela categoria nas últimas semanas.
A ameaça de greve ganhou força após o fim da vigência da CCT anterior e divergências sobre reajustes salariais, regras de jornada e condições de trabalho. Representantes dos aeronautas chegaram a aprovar estado de mobilização, o que poderia resultar em paralisações parciais ou totais, especialmente em aeroportos de maior movimento.
Mediação do TST encerrou impasse
Segundo o ministro Silvio Costa Filho, o entendimento foi resultado do diálogo institucional entre trabalhadores, empresas e poder público. Ele destacou que a atuação do TST foi decisiva para assegurar equilíbrio nas negociações e preservar a estabilidade de um setor considerado estratégico para a economia nacional.
A aviação civil impacta diretamente áreas como turismo, comércio e serviços, além de ter papel relevante na integração regional do país. Dados do setor indicam crescimento contínuo do número de passageiros em 2024 e 2025, o que ampliou a preocupação com eventuais interrupções na malha aérea.
Silvio destaca estabilidade
O ministro afirmou que a estabilidade nas relações de trabalho é fundamental para manter a confiança dos passageiros, ampliar investimentos das companhias aéreas e garantir a geração de emprego e renda. Ele ressaltou que o acordo evita prejuízos operacionais e financeiros para empresas e usuários do transporte aéreo.
Com a renovação da Convenção Coletiva, ficam estabelecidas as regras que disciplinam salários, benefícios e condições de trabalho dos aeronautas até 2026, assegurando previsibilidade para o setor e afastando novos riscos de paralisação no curto prazo.
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