Silvio Costa Filho lança campanha contra feminicídio nos aeroportos

Silvio Costa Filho lança campanha contra feminicídio nos aeroportos, ampliando ações do Governo Federal de combate à violência contra mulheres no Brasil

O Governo Federal iniciou, nesta segunda-feira (22), a veiculação de uma campanha nacional de combate ao feminicídio e ao assédio nos aeroportos brasileiros. A ação foi apresentada no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e passa a ocupar terminais e aeronaves com peças informativas voltadas a passageiros, trabalhadores e usuários do setor aéreo.

Batizada de “Assédio Não Decola, Feminicídio Também Não”, a iniciativa amplia o alcance da campanha “Assédio Não Decola”, lançada em maio deste ano, e integra estratégias do Governo Federal para prevenção da violência contra as mulheres e fortalecimento de canais de denúncia e proteção.

Silvio explica campanha nos aeroportos

Segundo o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, a escolha dos aeroportos se deve ao grande fluxo diário de pessoas. “Estamos lançando, a partir de hoje, essa grande campanha em defesa das mulheres em nosso país. Essa campanha estará nos nossos aeroportos, nos aviões, nas mãos dos profissionais. Todos os dias, infelizmente, mulheres são vítimas do feminicídio no Brasil. Por isso, decidimos fazer uma ampla campanha de sensibilização da sociedade brasileira, para que toda a população tenha uma atenção especial para essa pauta.”

Durante o evento, o ministro reforçou o papel dos terminais como espaços estratégicos de mobilização social. “São locais de grande concentração de sociedade, com passageiros indo e vindo. E é por isso que estamos fazendo esse chamado para que as pessoas denunciem.”

Integração entre órgãos

A campanha é desenvolvida pelo Ministério de Portos e Aeroportos, em parceria com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Associação Brasileira das Concessionárias de Aeroportos. A proposta é orientar profissionais da aviação, empresas e usuários sobre prevenção ao assédio, enfrentamento à violência e os canais adequados de denúncia e acolhimento.

Silvio Costa Filho destacou que a atuação será integrada entre órgãos federais e concessionárias. “Nos aeroportos, contaremos com a fiscalização por meio de câmeras com o trabalho da Polícia Federal para evitar todo tipo de violência e assédio. E conto com as concessionárias para se envolverem na divulgação da campanha, para que possamos, de maneira coletiva, atuar a favor das mulheres do Brasil.”

Apoio da Anac e do setor aéreo

A gerente do Programa Mulheres na Aviação da Anac, Ana Mota, afirmou que a campanha reforça a necessidade de combater a violência em todos os ambientes. “Nenhuma forma de violência pode ser naturalizada e nem tolerada em nenhum ambiente. Nós da Anac apoiamos essas iniciativas, que dialogam com ações dos nossos programas ‘Asas para Todos’ e ‘Mulheres na Aviação’, e contribuem para que a aviação seja um espaço que promove respeito, espaço e dignidade.”

Ana Mota ressaltou que o enfrentamento ao feminicídio exige envolvimento coletivo. “Porque enfrentar a violência contra a mulher é uma responsabilidade de todos nós. Que essa campanha ajude a salvar vidas, fortaleça redes de apoio e deixe claro que a violência contra a mulher não pode seguir adiante.”

Dados reforçam urgência da ação

A campanha passa a divulgar vídeos e cartazes nos terminais, com informações sobre canais oficiais de denúncia do Governo Federal, como o Ligue 180, além da orientação para procurar serviços de segurança aeroportuária, balcões de informação e tripulações.

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública indicam que, em 2024, o Brasil registrou 1.492 feminicídios, o maior número desde a tipificação do crime em 2015. O volume representa uma média de quatro mortes por dia e um aumento de 0,7% em relação a 2023.

De acordo com o levantamento, 60,7% dos crimes foram cometidos por companheiros e 19,1% por ex-companheiros, somando quase 80% dos casos. Em 97% dos feminicídios com autoria identificada, o agressor era do sexo masculino.

O perfil das vítimas aponta maioria de mulheres negras (63,6%) e faixa etária entre 18 e 44 anos (70,5%). O estudo também registrou aumento de 30,7% nos feminicídios de adolescentes de 12 a 17 anos e crescimento de 20,7% entre mulheres com 60 anos ou mais. A maior parte dos crimes ocorreu na residência da vítima (64,3%).

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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