Jornalismo perde a ética e a gentileza de Otávio Toscano

O jornalista Otávio Toscano morreu aos 63 anos

A vida, por vezes, tem seus momentos de vilania. Sempre quer levar os bons e nos deixar órfãos da amizade pura. Neste sábado (6), de um céu esquisito, com sol e nuvens se misturando, Tavinho seguiu sua caminhada, partindo sem nos dar a chance de se despedir. Um dos melhores e mais ético dos jornalistas, Otávio Peres Toscano faleceu tarde deste sábado (6), aos 63 anos, vítima das sequelas de um câncer de próstata. Deixa a esposa e companheira de uma vida Catarina e o outro amor da sua vida, a filha Bia. O velório de Otávio será a partir das 11h deste domingo, com a cremação às 17h, no Cemitério Memorial Guararapes, em Jaboatão.

Generoso, amigo, carinhoso e profissional competente, Otávio formou-se em 1988, na Universidade Católica de Pernambuco. Dono de um texto brilhante, foi repórter da editoria de Esportes do Jornal do Commercio, passou por Economia e deixou o JC quando editava a primeira página.

Otávio, sinônimo de amizade

Por anos, tive o prazer de conviver com Otávio, numa rotina de amizade que ia além da redação e se solidificava no Bar Cristal, esquina da Rua do Imperador com 1º de Março, e na Cantina Star, na Boa Vista, ao lado do saudoso repórter Henrique Queiroz. Eram longas horas diárias de boa conversa e muitas cervejas.

Mesmo com a distância física, quando deixamos o JC, o carinho que sempre acompanhou a nossa amizade não nos deixou. Nos tratávamos pelo diminutivo: ele me chamava de Sapinho, pelo meu apelido de Sapo, e eu sempre o tratei por Tavinho. Tinha a generosidade de ler as matérias que enviava do meu blog. Por vezes fazia comentário, ou colocava uma carinha de raiva, quando eu colocava uma matéria com algum personagem de centro-direita.

Os finais de ano têm sido cruéis. No final de 2024, Henrique Queiroz partiu. Neste sábado, foi a vez de Tavinho nos deixar. Duas referências na minha vida jornalística. Restam a dor e as boas lembranças.

Muito obrigado por tudo, Tavinho!!!

Veja também:

Henrique Queiroz, o craque da vida, Givanildo e a boemia

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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