Única prefeitura de Pernambuco a investir dinheiro da Previdência no Banco Master, alvo de ação da Polícia Federal, o município de Paulista, por meio do Instituto de Previdência Social do Município do Paulista (PreviPaulista), divulgou uma nota oficial nesta quinta-feira (20) esclarecendo a posição da gestão municipal sobre o investimento realizado em Letras Financeiras do Banco Master. O investimento, no valor de aproximadamente R$ 3 milhões, faz parte do regime próprio de previdência dos servidores municipais.
Conforme a nota, o aporte financeiro foi realizado pela gestão anterior, comandada pelo ex-prefeito Yves Ribeiro, no mês de fevereiro de 2024, sob responsabilidade do ex-diretor Luiz Augusto da Silva Junior. A atual diretoria do PreviPaulista ressaltou que a aplicação contrariou a governança interna da instituição, foi feita sem a aprovação do Comitê de Investimentos e sem seguir o parecer da consultoria especializada contratada à época.
A crise do Banco Master se agravou em 2025, quando o Banco Central decretou a liquidação extrajudicial da instituição, interrompendo suas operações após tentativas frustradas de venda. Investigações da Polícia Federal resultaram na prisão do dono do banco e de executivos em uma operação que apura fraudes e crimes financeiros.
Paulista vai à Justiça
“Diante da gravidade, a Prefeitura de Paulista, pela atual gestão do prefeito Ramos e sob a direção da presidente do PreviPaulista, Giovanna Cordeiro, contratou escritório de advocacia especializado para buscar responsabilização dos envolvidos e recuperar os valores investidos. Foi também ativado um plano de contingência para mitigar danos e aprimorar os processos internos de investimentos”, diz trecho do texto.
A nota oficial busca tranquiliza servidores, aposentados e pensionistas quanto à saúde financeira do PreviPaulista. Mesmo excluindo o investimento no Banco Master, a carteira do instituto supera R$ 135 milhões, assegurando que não há risco de descontinuidade nos pagamentos de benefícios.
Por fim, o PreviPaulista afirma que já adotou medidas juridicamente validadas para habilitar créditos e busca reparação integral dos valores, reiterando o compromisso com a transparência e proteção dos direitos dos segurados.
Segue a íntegra da nota:
NOTA OFICIAL DO PREVIPAULISTA
O Instituto de Previdência Social do Município do Paulista (PreviPaulista), primando pela total transparência com seus segurados e com a opinião pública, vem a público prestar esclarecimentos cruciais sobre os investimentos em Letras Financeiras do Banco Master.
A atual diretoria esclarece que a referida aplicação financeira foi realizada na gestão anterior, do ex-Prefeito Yves Ribeiro, em fevereiro de 2024, sob responsabilidade do ex-diretor Luiz Augusto da Silva Junior. As auditorias iniciais apontam que o investimento foi realizado à revelia da governança interna, contrariando parecer da consultoria de investimentos contratada à época e sem a devida aprovação do Comitê de Investimentos.
Diante da gravidade dos fatos, a gestão do Prefeito Ramos, artavés da diretora-presidente Giovanna Cordeiro, realizou a contratação de escritório de advocacia especializado para adotar todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis. O objetivo é responsabilizar os envolvidos e buscar a recuperação dos valores. Paralelamente, foi ativado um plano de contingenciamento para mitigar quaisquer danos ao patrimônio do Instituto e melhorias no processo interno de investimentos.
É fundamental tranquilizar os servidores, aposentados e pensionistas: a saúde financeira do PreviPaulista permanece sólida. Mesmo no cenário mais adverso em relação a este ativo específico, a carteira de investimentos do Instituto (excluindo a aplicação no Banco Master) supera a marca de R$ 135.000.000,00.
Reforça-se que o PreviPaulista já está adotando medidas validadas juridicamente para habilitar seus créditos e buscar, em todas as instâncias, a reparação dos valores e a responsabilização dos agentes causadores.
Por fim, asseguramos a todos os servidores, aposentados e pensionistas que não há risco de descontinuidade nos pagamentos. O patrimônio líquido do Instituto é robusto e mais do que suficiente para absorver o impacto enquanto as medidas judiciais seguem seu curso.
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