A Assembleia Legislativa de Pernambuco encerrou, nesta quinta-feira (11), a terceira edição da Jornada Alepe Antirracista com a entrega da medalha Marta Almeida a seis personalidades e instituições que atuam no enfrentamento ao racismo no Estado. A programação reuniu debates sobre educação antirracista, políticas públicas e desigualdades no mercado de trabalho.
Foram agraciados o professor e psicólogo Lepê Correia; a professora e gestora pública Gilvânia Maria da Silva; o babalorixá Alexandre Alves; a professora e pesquisadora Valdenice José Raimundo; a advogada e sanitarista Vera Baroni; e a presidente da Central Única das Favelas de Pernambuco, Altamiza Melo Silva. A comenda leva o nome da educadora e integrante do Movimento Negro Unificado, Marta Carmelita Bezerra de Almeida, falecida em 2023.
Reconhecimento da Alepe
A cerimônia foi conduzida pelo presidente da Frente Parlamentar de Combate ao Racismo, deputado Doriel Barros (PT). O parlamentar afirmou que a medalha simboliza o reconhecimento à resistência da população negra. “Cada um e cada uma traz consigo uma história feita de luta, comunidade e coragem. São trajetórias que nascem dos territórios, das escolas, das organizações populares, da arte, dos movimentos sociais. Hoje celebramos um projeto coletivo de resistência e de futuro. Porque combater o racismo não é favor, é dever”, declarou Doriel.
A programação da Jornada incluiu três dias de debates e palestras voltadas a ações práticas de enfrentamento ao racismo, segundo o Superintendente Geral da Alepe, Aldemar Santos. Ele avaliou que o evento reforçou a necessidade de respostas firmes à discriminação. “Foram três dias de palestras e debates. A proposta dessa edição foi dar um recado direto a quem é racista. Não podemos mais tolerar. Aquele racista ou preconceituoso que diz ao negro que ele não pode, que ele não consegue. A jornada mostrou justamente o contrário. O evento serviu para dizer que sim, que o negro pode, o negro consegue e vai ocupar o espaço que ele quiser e puder ocupar”, afirmou.
O presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), destacou que a Casa Joaquim Nabuco mantém diretrizes permanentes voltadas ao combate ao racismo. “Por meio de Resolução interna, a Alepe desenvolve uma política antirracista permanente. Aqui, o combate ao racismo é, portanto, institucionalizado”, ressaltou Porto.

