A crise no abastecimento de água que atinge Petrolina desde o início da semana tem causado impactos significativos nos serviços públicos e na economia local. Unidades de saúde e escolas tiveram o funcionamento suspenso, enquanto o comércio também começa a registrar prejuízos com a falta de fornecimento.
Na área da saúde, as Unidades Básicas dos bairros Vila Eduardo e Henrique Leite interromperam o atendimento, e a UBS Fernando Idalino limitou-se a realizar apenas agendamentos. Vacinação, curativos e consultas médicas e odontológicas ficaram suspensos, comprometendo o cuidado da população.
No setor da educação, a Faculdade de Petrolina (Facape) cancelou as aulas do turno da noite da segunda-feira (10) e do turno da manhã da terça (11), mesmo após tentativas de abastecimento emergencial com carros-pipa. Escolas da rede municipal também suspenderam atividades por falta de condições básicas de higiene, limpeza e preparo de merenda escolar.
Serviços públicos de Petrolina atingidos
A Prefeitura informou que tem utilizado carros-pipa para suprir a demanda de prédios públicos, mas a capacidade de atendimento é insuficiente diante da dimensão do problema. O setor privado também sente os efeitos da interrupção. Padarias e pequenos estabelecimentos precisaram reduzir ou suspender o funcionamento, afetando a renda de trabalhadores e o fornecimento de produtos essenciais.
Diante da gravidade da situação, o prefeito de Petrolina, Simão Durando, cobrou providências da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e reforçou o pedido de apoio ao Governo do Estado.
“Estamos fazendo tudo o que está ao alcance da gestão municipal, mas o abastecimento é responsabilidade da Compesa. Estamos às margens do Rio São Francisco e a população paga por esse serviço. Não é justo ver escolas fechadas, postos sem atendimento e comércios parando. Temos respeito à governadora Raquel Lyra, mas é meu dever cobrar uma solução imediata. Petrolina merece respeito e respostas”, afirmou.
Contexto regional
A Compesa é responsável pelo abastecimento em Petrolina e em outros 172 municípios pernambucanos. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o município apresenta índice de cobertura de água superior a 95%, mas problemas pontuais de distribuição têm se agravado em períodos de manutenção e oscilação de energia que afetam as estações de bombeamento.

