O aeroporto do Recife sempre foi colocado entre os principais do País, pela sua estrutura moderna, por estar no centro do Nordeste e por sua proximidade com a Europa. Agora, ele receberá novos investimentos que, quando finalizados, o colocará em um novo patamar. A Aena anunciou nesta segunda-feira (27) o Plano de Desenvolvimento Imobiliário (PDI), um investimento de R$ 580 milhões que transformará 543 mil m² do entorno do terminal em um complexo logístico, hoteleiro e comercial, ampliando o papel da capital pernambucana como hub de negócios e transportes. A expectativa da empresa é que os equipamentos comecem a operar em dois anos.
Mais do que uma expansão física, o PDI representa uma mudança estrutural na economia regional. O conceito de aerotrópole, adotado no projeto, coloca o aeroporto no centro de uma cidade multifuncional, conectada e produtiva. Essa integração entre aviação, logística e serviços deve gerar cerca de 15 mil empregos diretos e indiretos, consolidando o Recife como ponto estratégico no mapa da distribuição e do transporte de cargas do Nordeste.
O primeiro equipamento previsto é o terminal intermodal, com investimento de outros R$ 60 milhões, que unirá diferentes modais de transporte e facilitará o acesso ao aeroporto, podendo receber 1200 veículos por dia. Com estrutura moderna, sustentável e acessível, o novo terminal vai requalificar áreas históricas do entorno e aproximar o aeroporto da cidade, fortalecendo a integração urbana e melhorando a mobilidade local.
Logística como vetor de competitividade
O centro logístico, que ocupará 250 mil m², será o principal eixo de produtividade do projeto. Equipado com galpões de alta eficiência energética, áreas refrigeradas e automação inteligente, o complexo permitirá a operação simultânea de grandes empresas e transportadoras regionais. Essa infraestrutura posiciona o Recife entre os principais polos logísticos do país, favorecendo o comércio eletrônico e o escoamento de cargas de alta rotatividade.
A requalificação do entorno do aeroporto insere o projeto no planejamento urbano do Recife. Obras estruturantes, como a nova ponte Areias–Imbiribeira e a requalificação da Avenida Dom Hélder Câmara, garantirão o acesso eficiente ao complexo, que contará também com um hotel e a possibilidade de dois empresariais. A iniciativa reforça a criação de um novo eixo urbano produtivo, conectando infraestrutura, economia e mobilidade — uma estratégia que reposiciona o Recife como referência em desenvolvimento sustentável e integração territorial.
Aeroporto antecipa tendência
O modelo proposto pela Aena para o Aeroporto do Recife antecipa tendências internacionais de planejamento urbano e gestão aeroportuária. Ao combinar logística, tecnologia, sustentabilidade e convivência, o projeto inaugura uma nova fase de crescimento para Pernambuco, baseada em produtividade, inovação e qualidade de vida. O Recife deixa de ser apenas uma escala aérea e se consolida como um polo logístico e urbano de alcance nacional.
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