Pernambuco investe em saúde mental, direitos humanos e combate à fome

A segunda turma da Residência Intersetorial em Primeira Infância, iniciativa do Governo de Pernambuco conduzida pela Secretaria da Criança e da Juventude (SCJ-PE), registrou 251 inscrições de profissionais de mais de 60 municípios para disputar 150 vagas. O curso, com início previsto para 6 de outubro e duração de 12 meses, é realizado em parceria com a Universidade de Pernambuco (UPE) e a Escola de Governo da Administração Pública (Egape).

A formação é considerada pioneira no Brasil e tem como objetivo preparar profissionais de diferentes áreas para atuar na defesa dos direitos das crianças.

Rede de proteção ampliada

“Mais do que uma formação, a Residência em Primeira Infância que o Governo de Pernambuco está oferecendo representa uma estratégia de fortalecimento de toda a rede de proteção infantil. Essa ação vai oferecer aos profissionais instrumentos teóricos e práticos para identificar, prevenir e intervir em situações de violência e negligência, sobretudo em creches, pré-escolas e espaços comunitários, fortalecendo a articulação intersetorial. Cuidar das crianças e adolescentes pernambucanos é mais do que nossa meta, é uma missão de todo o time do governo”, afirmou a governadora Raquel Lyra (PSD).

O programa prevê 740 horas de atividades formativas, oferecidas na modalidade de Ensino a Distância (EaD), complementadas por projetos de intervenção nos municípios. A primeira turma, formada por 101 profissionais, resultou em 54 projetos implementados em 45 cidades, que alcançaram direta e indiretamente mais de 500 mil crianças de 0 a 6 anos em Pernambuco.

De acordo com a secretária da Criança e da Juventude, Yanne Teles, a iniciativa fortalece a atuação dos municípios. “A Residência vai além da formação individual: ela potencializa a capacidade dos municípios de organizar e monitorar as políticas públicas para a primeira infância. Cada projeto desenvolvido pelos profissionais formados se traduz em ações concretas, que fortalecem os protocolos de atendimento, melhoram a articulação entre serviços e garantem uma resposta mais precisa às necessidades das crianças”, destacou.

Ações complementares: EntreLaços

Além da residência, o Estado mantém outras políticas voltadas ao enfrentamento da violência e ao cuidado com crianças e adolescentes. Um dos principais programas é o EntreLaços, desenvolvido pela Secretaria de Educação (SEE), que promove saúde mental, prevenção ao bullying e espaços de escuta ativa nas escolas.

Atuam nas 16 Gerências Regionais de Educação (GREs) psicólogos e assistentes sociais que acompanham o cotidiano das unidades escolares e oferecem apoio a estudantes, famílias e equipes pedagógicas.

Em abril de 2025, foram nomeados 276 psicólogos para a Rede Estadual, zerando o cadastro de reserva do último concurso. A SEE prepara ainda a contratação de 836 analistas de psicologia educacional, o que deve levar a rede a contar com cerca de 1.200 profissionais dessa especialidade, garantindo um psicólogo por escola.

Núcleos de gênero nas escolas

A Secretaria da Mulher, em parceria com a SEE, mantém 350 Núcleos de Estudos de Gênero (NEGs) em 12 regiões do Estado. Coordenados por professores, os núcleos promovem debates, rodas de diálogo e formações sobre igualdade de gênero e equidade racial.

O trabalho tem ampliado a participação dos estudantes no Prêmio Naíde Teodósio de Estudos de Gênero, que incentiva a produção crítica de conhecimentos sobre relações de gênero, em formatos como textos, artigos e roteiros para documentários digitais de curta duração.

Juventude e direitos humanos

A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Prevenção à Violência (SJDH) também atua em ações de fortalecimento de vínculos sociais. Uma delas é o Programa de Formação Embaixadores da Juventude, desenvolvido em parceria com o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), voltado para jovens de 18 a 29 anos que se tornam agentes da paz e defensores dos direitos humanos em seus territórios.

Outro serviço é o Centro Estadual de Apoio à Vítima de Violência (Ceav), que presta atendimento psicológico, jurídico e social a vítimas e familiares em casos de homicídios, feminicídios e latrocínios. “Quando falamos em prevenção à violência, estamos falando de humanidade. Cada projeto nosso, seja nos estádios, nas escolas ou nos bairros, é pensado para fortalecer laços, abrir caminhos e proteger vidas”, afirmou a secretária Joanna Figueirêdo.

Assistência social integrada em Pernambuco

A Secretaria de Assistência Social, Combate à Fome e Políticas sobre Drogas mantém programas voltados à primeira infância, período considerado decisivo para o desenvolvimento humano. Entre eles, estão o Mães de Pernambuco, que transfere R$ 300 mensais para 100 mil mulheres em situação de vulnerabilidade, e o Programa Bom Prato, com 223 cozinhas comunitárias em operação.

“A nossa pasta atua em diálogo direto com todos os municípios pernambucanos, seja com apoio financeiro ou técnico, para que os serviços da assistência, do combate à fome e das políticas sobre drogas cheguem a quem mais precisa, sem deixar ninguém para trás”, disse o secretário Carlos Braga.

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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