O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, não trabalha com plano B. Pré-candidato ao Senado, está trabalhando fortemente para estar na futura chapa encabeçada ao pré-candidato ao Governo e prefeito do Recife, João Campos. Quer ser o outro nome à Casa Alta, pois uma vaga já é dada como certa para o senador e candidato à reeleição Humberto Costa. Mas Silvio terá alguns obstáculos a superar.
O primeiro deles é que há uma inflação de candidatos ao Senado do lado de João Campos. Além dele e de Humberto, estão na lista Miguel Coelho (ou Eduardo da Fonte), Marília Arraes, o senador Fernando Dueire. Cada um com prós e contra, mas todos buscando se articular para ocupar a vaga. Miguel, por exemplo, tem importante base no Sertão, mas dificuldades internas na federação União Progressista (União + PP). O presidente do colegiado em Pernambuco, Eduardo da Fonte, se diz pré-candidato ao Senado. No entanto, ele é aliado da governadora Raquel Lyra, pré-candidata à reeleição e adversária de João.
Marília daria um toque feminino a uma chapa repleta de homens, que enfrentará uma outra liderada por uma mulher. Mas poucos apostam que venha a compor a chapa do primo. Fernando Dueire alimenta a esperança de compor uma chapa, mas o seu partido, o MDB, está alinhado com João e, por questões internas, a legenda não bancaria o nome dele.
Silvio e o Republicanos
Olhando todos os obstáculos dos outros pré-candidatos, Silvio estaria bem. Mas há outra bronca. O seu partido, o Republicanos, tem atualmente um pré-candidato à Presidência da República, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que enfrentaria o presidente Lula em 2026. Mas ele garante que já comunicou ao comando nacional da sigla que estará ao lado de João Campos no Recife e votará no presidente Lula, independente da posição nacional do partido.
Entre os aliados do prefeito do Recife, todos são categóricos em afirmar que João nutriria simpatia pelo nome de Silvio para a chapa. Mas só isso não é suficiente para garantir a vaga. Por isso que o ministro vem intensificando a agenda no Estado, para ganhar musculatura e apresentar o seu cardápio, que incluiria bom tempo de TV, densidade eleitoral e habilidade para atrair novos apoios.
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