A Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) volta às atividades nesta segunda-feira e o clima entre Legislativo e Executivo permanece indócil. O velho embate em torno das autorizações de empréstimo, no valor total de R$ 3,2 bilhões, se soma o debate sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias, que dará a linha do orçamento do próximo ano e que tem que ser aprovada até o final de agosto. Um fato chamou a atenção. Na última quinta-feira (31), momentos após a bancada de oposição na Alepe anunciar que iria ao Ministério Público e à Polícia Civil pedindo investigação sobre contrato de publicidade do Governo, a gestão estadual apresentou o resultado do Grupo de Trabalho criado para resolver pendências com as emendas parlamentares.
Numa mudança de postura em relação ao primeiro semestre, o governo abriu à imprensa os números das emendas parlamentares e anunciou que executou o “maior volume de recursos de emendas parlamentares em mais de uma década, com R$ 196,6 milhões pagos”. “Também comunicou que seriam pagos mais R$ 40 milhões referentes aos anos de 2024 e 2025. Do valor total de R$ 257,06 milhões, diz o governo, foram pagos R$ 196,63 milhões, representando 76,5%.
Além disso, a gestão estadual estuda fazer o mesmo com as autorizações de empréstimo. Dos 9,2 bilhões aprovados pela Alepe, o Governo já teria contratado R$ 6 bilhões, números que não batem com os apresentados pela oposição. Se for mantida a linha de apresentar os números, tanto das emendas, como dos empréstimos, que já deveria ter feito há muito tempo, o Executivo não só alimentaria o discurso da sua base, como esvaziaria o da oposição.
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