A maior competição de futebol de várzea do mundo começou neste sábado (26), com mais de 16 mil atletas amadores inscritos, de 7 a 75 anos. Realizado pela Prefeitura do Recife, o Recife Bom de Bola 2025 chega à 12ª edição registrando recorde de participação, em mais de 600 equipes, e passa a integrar oficialmente o calendário municipal após virar política pública permanente.
O prefeito João Campos acompanhou a abertura no Parque do Caiara, bairro da Iputinga. “Estamos mais um ano realizando o Recife Bom de Bola, um campeonato que reúne mais de 16 mil atletas amadores do Recife. São 600 equipes, divididas em diversas categorias, e o mais importante: é um estímulo à prática da atividade física. A gente sabe que quem pratica exercício, que tem a oportunidade de viver o esporte e a disciplina que ele proporciona, com certeza está mais protegido das coisas ruins do mundo e mais próximo das coisas boas que o esporte oferece”, afirmou.
Duas novas categorias e mais de mil jogos
Entre as novidades deste ano estão as categorias sub-9 e sessentão, ampliando para dez modalidades: aberto masculino, aberto feminino, sub-9, sub-11, sub-13, sub-15, sub-17, sub-20, sessentão e veterano. A categoria sub-9 marcou o primeiro jogo da competição, que terá mais de 1.000 partidas em campos espalhados pela cidade até dezembro.
O torneio também conta com premiação igualitária entre categorias masculinas e femininas, reforçando o compromisso com a equidade de gênero. Para organizar os jogos, mais de 100 profissionais formados no curso municipal de arbitragem atuarão como árbitros e assistentes.
No Recife histórias que começam e recomeçam
A assistente de arbitragem Ruth de Lima contou como a participação transformou sua vida. “Minha história com o futebol começou quando eu tinha cinco anos. Sempre amei jogar, mas como não consegui seguir carreira, decidi entrar na arbitragem já com 38 anos. No começo eu achava que não levava jeito, mas fiz o curso, passei nas provas e logo na primeira vez levantando a bandeira, o professor disse que eu tinha talento. Foi aí que minha vida começou a mudar. Com o dinheiro que ganhei, organizei minha casa, comprei meus móveis, antes eu não tinha nada. Foi o Bom de Bola que me ajudou a me reerguer”, relatou.
Expansão para outras modalidades
A Lei Municipal nº 19.399/2025 transformou o Recife Bom de Bola em política pública permanente, ampliando o alcance para outras modalidades como Futsal, Basquete 3×3, Vôlei e Queimado, além do Futebol de Campo. A medida garante continuidade do programa em todas as Regiões Político-Administrativas da cidade, com objetivo de promover inclusão social e incentivar a prática esportiva em espaços públicos municipais.
Na edição de 2024, o Recife Bom de Bola reuniu 16.290 atletas em 543 equipes, com 1.210 jogos realizados e 3.383 gols marcados no futebol de campo. No futsal, foram 3.275 atletas distribuídos em 183 equipes, que disputaram 383 jogos e marcaram 2.572 gols.
Impacto social e econômico
Além de estimular hábitos saudáveis, a competição gera impacto econômico, com aumento na demanda por materiais esportivos, serviços de arbitragem, transporte e comércio local, beneficiando comunidades e ampliando o sentimento de pertencimento entre moradores.
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