O Ministério da Saúde publicou o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Doença Celíaca, que orienta diagnóstico, acompanhamento e tratamento de pacientes no Sistema Único de Saúde (SUS). A atualização atendeu a pleito apresentado pela deputada federal Iza Arruda (MDB/PE), que celebrou o resultado ao lado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante reunião nesta terça-feira (15), em Brasília.
“Há mais de 10 anos o PCDT da Doença Celíaca aguardava atualização. Essa nova versão é um marco para as pessoas celíacas e uma vitória da saúde pública brasileira. O protocolo vai permitir ampliar diagnósticos, organizar o atendimento especializado e promover mais campanhas de conscientização sobre a doença”, declarou a parlamentar.
O ministro Alexandre Padilha destacou que a atualização reforça um SUS mais inclusivo, capaz de reconhecer diferentes realidades e necessidades. Segundo o Ministério da Saúde, a atualização contribui para aperfeiçoar a política pública e qualificar os serviços oferecidos.
Estimativa aponta subdiagnóstico de 80%
Atualmente, cerca de 80% dos brasileiros com doença celíaca ainda não foram diagnosticados, de acordo com dados da Associação dos Celíacos do Brasil (Acelbra). A condição exige alimentação totalmente livre de glúten — proteína presente em trigo, centeio e cevada — para evitar danos intestinais e complicações como anemia, infertilidade e até câncer gastrointestinal.
Iza Arruda destaca diálogo
Iza Arruda iniciou a articulação após diálogo com a nutricionista e pesquisadora Carolina Ribeiro, diagnosticada com doença celíaca há 18 anos. A deputada promoveu reuniões entre especialistas e a equipe técnica do Ministério. “Essa conquista é fruto do diálogo com a sociedade civil e do compromisso com a escuta ativa das necessidades de quem convive com a doença. Agradeço ao ministro Padilha e à equipe técnica do Ministério pela sensibilidade e abertura”, concluiu a parlamentar.
A nova versão do PCDT passa a orientar oficialmente os atendimentos relacionados à Doença Celíaca em toda a rede pública, promovendo diagnóstico mais precoce e ampliando o acesso ao cuidado especializado.
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