Desde o dia 7 de maio a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) está em compasso de espera. Com a pauta trancada e o clima cada dia mais beligerante, a Casa tem funcionamento capenga, com divergências crescentes entre as bancadas do Governo e Oposição.
Sem maioria nas comissões, o Executivo não consegue avançar com seus projetos. Com maioria no plenário, a base governista revida impedindo a tramitação de propostas avulsas. Há quem diga que só aceitam votar se no pacote incluir as indicações da Adagro e Fernando de Noronha e o empréstimo de R$ 1,5 bilhão. É uma disputa esquisita, de perde-perde, na qual os dois lados estão imobilizados, sem perspectiva imediata de uma solução para o confronto.
No plenário da Alepe, só acusações
A sessão desta quarta-feira (26) simbolizou a estagnação. No plenário, apenas cinco parlamentares e uma sessão de quase uma hora e meia de ataques e acusações cíclicas em que a oposição acusava o governo de aplicação irregular de recursos de um empréstimo e a líder do Governo, Socorro Pimentel, acusava jogo eleitoral por trás da motivação da ofensiva oposicionista. Voz pacificadora? Nenhuma.
O embate entre governistas e oposicionistas na Alepe já passou do campo político, beirando ataques pessoais. Nenhum dos lados parece demonstrar disposição para recuar, e a crise se aprofunda. O resultado é um jogo de emparedamento mútuo, sem ganhadores. Governistas e oposicionistas caminham para um cenário em que todos perdem. E Pernambuco, mais ainda.
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