União Brasil e PP lançam federação com 109 deputados e 14 senadores

Presidentes do PP, Ciro Noguera, e do União Brasil, Antônio Rueda, celebram a formação da federação entre os dois partidos

Do Movimento Econômica

O União Brasil (UB) e o Progressistas (PP) oficializaram a criação da federação partidária União Progressista (UP) na tarde desta terça-feira (29), durante cerimônia no Salão Negro do Congresso Nacional. O novo bloco representa cerca de 20% dos parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com 109 deputados, 14 senadores, seis governadores, aproximadamente 1.400 prefeitos e 12 mil vereadores.

A federação terá validade de quatro anos, conforme previsto pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até dezembro, a presidência da UP será compartilhada entre o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e o presidente do Progressistas, senador Ciro Nogueira. A partir de uma eleição no fim do ano, uma nova composição será definida.

União como “bússola do Brasil”

Durante a cerimônia, os dirigentes das duas siglas se revezaram na leitura do manifesto “Por um Choque de Prosperidade e pela Modernização do Estado”. O texto apresenta a união como uma “bússola para o Brasil”, cujo norte seria a “conjugação entre responsabilidade fiscal e responsabilidade social”.

Rueda destacou no texto que “a boa política é a arte de construir soluções e consensos, sobretudo nas conjunturas que ameaçam tornar remota ou improvável a consecução desse desafio”. Em outro trecho, o manifesto defende “o equilíbrio das contas públicas para que o equilíbrio e a paz social possam ser assegurados”.

Ciro Nogueira deu continuidade à leitura: “Precisamos modernizar o Estado para que ele possa servir à sociedade, deixando de ser o atual empecilho, que faz com que o Brasil continue adiando o seu porvir. Temos pressa! Liberando as forças vivas do desenvolvimento com um Choque de Prosperidade, o ‘país do futuro’ chegará logo mais!”.

Lideranças de todo o País

A solenidade contou com a presença dos presidentes da Câmara, Hugo Motta (PP), e do Senado, Davi Alcolumbre (União), além de dezenas de parlamentares, governadores, prefeitos, ministros e dirigentes partidários. Também participaram lideranças de outras legendas, como o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).

Os quatro governadores do União Brasil — Wilson Lima (Amazonas), Mauro Mendes (Mato Grosso), Marcos Rocha (Rondônia) e Ronaldo Caiado (Goiás) — participaram do evento. Caiado foi o primeiro a discursar no palco.

A marca da federação entre o Progressistas e o União Brasil destaca o nome do colegiado UP (União Progressista_

Durante a cerimônia, um vídeo apresentou a nova identidade visual da federação. A marca é uma seta amarela apontando para cima, simbolizando crescimento, alinhada ao significado da palavra “up”, em inglês.

Miguel Coelho destaca unidade

O presidente do União Brasil em Pernambuco, Miguel Coelho, também esteve presente na cerimônia. Acompanhado pelo deputado federal Fernando Filho e pelos deputados estaduais Antônio Coelho e Romero Sales Filho, ele avaliou a criação da UP como um momento de reconstrução política.

“Esse é um momento histórico, que marca a unidade política em torno do diálogo e do equilíbrio. O Brasil não suporta mais a polarização que não resolve em nada a vida das pessoas. O país precisa crescer e gerar oportunidades”, afirmou.

Miguel Coelho destacou ainda que, apesar da formação da federação, as siglas mantêm autonomia para decisões internas e estruturação de diretórios e comissões provisórias. “Nosso compromisso é pela unidade e para isso vamos fortalecer ainda mais nossas bases”, completou. A expectativa do dirigente é que a federação consiga eleger até 10 deputados federais e 20 estaduais em Pernambuco.

Entenda o que é uma federação partidária

  • A federação partidária é um instrumento legal em vigor desde 2022 que permite a união de dois ou mais partidos com abrangência nacional, mediante registro no TSE.
  • Diferente das coligações eleitorais, as federações devem manter-se ativas por pelo menos quatro anos e não podem ser desfeitas após as eleições.
  • Essas federações devem seguir um estatuto próprio, que inclui regras de fidelidade partidária e sanções para parlamentares que descumprirem orientações de votação.

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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