O 8º Congresso Pernambucano de Municípios, promovido pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), terá ingredientes interessantes de acompanhar. Será o primeiro para vários prefeitos eleitos em outubro do ano passado, que terão a oportunidade de, aproveitando bem o que será apresentado, decidir sobre o sucesso ou o fracasso de suas gestões.
Mas, em meio às dinâmicas, palestras e dicas aos gestores, o tempero político não faltará ao evento. Com prefeitos de todas as regiões do Estado, ele será uma espécie de termômetro sobre como estão sendo vistos os dois principais nomes ao governo do Estado em 2026: a governadora e candidata à reeleição, Raquel Lyra, e o prefeito do Recife, João Campos.
A governadora iniciou uma ofensiva forte de atração de prefeitos ao PSD, legenda que comanda desde 10 de março, quando se filiou. Cada movimento de um lado precipita uma reação do outro. Talvez por isso, com um ficando de olho no outro, os estandes do Governo do Estado e da Prefeitura do Recife estejam quase um de frente para o outro no Congresso da Amupe.
Amupe capacita prefeitos
Política à parte, a Amupe preparou atividades para que os gestores aprendam de forma interativa. É o caso do jogo “Cidades Possíveis”, logo no primeiro dia. Fruto de uma parceria entre o Tribunal de Contas da União e o Tribunal de Contas do Estado, o game simula a construção e gestão de uma cidade, permitindo aos prefeitos e secretários experimentarem as dificuldades e escolhas envolvidas no processo. O objetivo é que os participantes compreendam a complexidade da gestão pública e aprendam sobre planejamento urbano, participação cidadã e gestão de recursos públicos.
No segundo dia (29), foi preparada uma encenação com atores apresentando como um município pode sair de uma situação de crise financeira para superávit e boa capacidade de pagamento. O cardápio de ajuda aos municípios ofertará, ainda, a Caravana Federativa, com a participação de vários órgãos do Governo Federal, e o programa Vamos Mudar Juntos, do Governo do Estado, com a presença de 20 secretarias.
Ou seja, o Congresso dos Municípios ofertará possibilidades para quem quer aprender, para quem quer observar e para quem acompanha os movimentos políticos até as eleições de 2026.
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