A política é a arte do diálogo. Criticar, divergir, condenar, faz parte do jogo democrático. Isso não se pode esquecer. Ir além disso, extrapola os limites da política e se enquadra em outro campo, o do autoritarismo, de querer impor, na força, a sua posição, o seu discurso.
Há dois anos, 8 de janeiro de 2023, uma horda de manifestantes invadiram as sedes dos três Poderes da República, em atos antidemocráticos. Quebraram, bagunçaram, desrespeitaram a memória do País. Um epidódio que não dá para esquecer. O que ocorreu ali foi muito grave. Por mais que tentem minimizar o que ocorreu, foi extremamente grave. A violência é intolerável, independente do lado que a pratica.
E este ano, a passagem da data ganha um ingrediente a mais. Nesta terça-feira (7), o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, anunciou que a empresa está abandonando o uso de checagem independente de fatos no Facebook e no Instagram, substituindo-os por “notas da comunidade”, em um modelo semelhante ao do X, em que comentários sobre a precisão do conteúdo das postagens são deixados a cargo dos próprios usuários. Na prática, acaba com qualquer tipo de moderação nas suas redes.
Revisitar para não esquecer
Os atos de janeiro de 2023 tiveram nas redes sociais, principalmente o WhatsApp, em que não há moderação, um forte aliado para as articulações dos atos antidemocráticos. Com o anúncio do dono da Meta esse campo para planejar e debater esses tipos de atos é potencializado.
Por isso, é preciso que os atos democráticos de 2023 precisam ser relembrados, revisitados e condenados, para que não voltem a acontecer. É necessário cuidado redobrado para evitar novos ataques contra a democracia. É imprescindível estar atento para que novos atos não voltem a acontecer.
Veja também:
Uma resposta
Golpe forjado!!!