Nas disputas nas Câmaras, vários exemplos negativos e 1 positivo

câmara de ipojuca

As eleições para as mesas diretoras das Câmaras Municipais  dão o tom do acirramento que domina as disputas políticas, muitas vezes misturando a rivalidade nacional com questões internas das Casas. Isso sem falar dos embates municipais, que mancham ainda mais a imagem já maculada dos políticos.

Na Câmara do Recife, toda a composição foi negociada, buscando contemplar todas as forças representadas na Casa. Na hora da votação, no entanto, os bolsonaristas não votaram nos petistas e vice-versa. Se numa votação em que se pregava a harmonia da Câmara, o confronto já estabelecido aponta para debate nacionalizado nas sessões da Casa, ameaçando as discussões sobre os reais problemas da cidade.

Em Ouricuri, a situação foi outra. A vereadora Williane, reeleita pelo PT, denuncia ter sido alvo de violência de gênero. Em discurso, ela afirmou em seu discurso  que foi excluída das discussões e construção  sobre a formação da nova mesa e, consequentemente, não pôde participar da votação. Acrescentou que só soube da articulação e votação por meio das redes sociais. “Fui excluída do processo de discussão pelos próprios vereadores  da base do prefeito eleito”, destacou a vereadora, que se absteve de votar na chapa.

 Pior fizeram os edis eleitos em Ipojuca e em Camaragibe. nas duas Câmaras as diferenças acabaram violência, bagunça e eleições contestadas. Péssimo exemplo para a população, que saiu de casa no primeiro domingo de outubro na esperança de dias melhores para os seus municípios e não para ver seus vereadores trocando agressões.

Na Câmara de Olinda houve consenso em nome da harmmonia da Casa Foto: Márcio Didier

Na Câmara de Olinda, a unidade

No meio de tantas ações negativas, um exemplo positivo. Na Câmara de Olinda, o presidente reeleito Saulo Holanda conduziu as negociações e conseguiu consenso na chapa. Todos os vereadores votaram em todos os indicados, por unanimidade, sem atritos. Harmonia simbolizada no choro do presidente, ao ser reconduzido ao cargo. Exemplo que poderia ser seguido em outro municípios.

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SOBRE O EDITOR
Márcio Didier

Márcio Didier é jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco, com passagens pelo Jornal do Comércio, Blog da Folha e assessoria de comunicação

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